São Paulo, domingo, 03 de junho de 2001

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Maioria absoluta reconduziria o pefelista ao Congresso

Baiano quer ACM senador, governador e presidente

DA REDAÇÃO

Apesar do desgaste provocado por seu envolvimento na violação do painel do Senado, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) seria reconduzido ao Senado ou ao governo do Estado caso a eleição fosse hoje. E, para os baianos, seria igualmente o nome ideal para ocupar a Presidência.
As opiniões se dividem quanto ao cargo que ACM deveria disputar no próximo ano: 28% preferem vê-lo de volta ao governo do Estado, cargo que já ocupou três vezes; para 26%, ACM deveria regressar ao Senado, ao qual renunciou na quarta-feira; e 20% acham que seria melhor que ele tentasse a Presidência. Na opinião de outros 20%, ACM não deveria concorrer a nenhum desses postos.
A maioria absoluta dos baianos afirma que votaria em ACM caso ele se candidatasse a um desses cargos. Numa eventual candidatura ao Senado, 61% dizem que votariam nele com certeza e 9% talvez votassem, mas 30% não votariam em ACM de jeito nenhum.
No caso de uma candidatura a governador, 60% votariam em ACM com certeza e 10% talvez o apoiassem, contra 29% que rejeitariam seu nome. Para presidente, o apoio a ACM seria algo menor: 54% votariam nele com certeza, 11% talvez votassem, 34% não o apoiariam em nenhuma hipótese.
Confrontando ACM com outros candidatos, os resultados seriam os seguintes. Se a eleição dos dois novos senadores da Bahia ocorresse hoje, ACM seria eleito com 52% do total de votos, enquanto seu principal adversário, Waldir Pires (PT), obteria a segunda vaga de senador, com 31%.
O senador carlista Waldeck Ornélas (PFL), com 26%, não seria reeleito. Mais atrás ficariam Benito Gama (PMDB), com 20%, José Lourenço (PMDB), com 13%, e Jacques Wagner (PT), com 9%.
Se ACM concorresse ao governo, 54% dos baianos votariam nele hoje -curiosamente, uma votação inferior aos 57% que o senador carlista Paulo Souto alcançaria se fosse o candidato do PFL.
ACM é mais forte na região metropolitana de Salvador, enquanto Souto tem seu principal reduto no interior. O deputado Nelson Pellegrino (PT) ficaria em segundo lugar nas duas situações: obteria 20% caso ACM fosse o candidato, e 18%, se enfrentasse Souto.
Agora, se ACM decidisse disputar a Presidência da República, não alcançaria a maioria absoluta na Bahia em nenhuma situação: obteria entre 35% e 38% dos votos, dependendo dos adversários.
No primeiro cenário, 35% dos baianos votariam em ACM (PFL). Em segundo lugar ficaria Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 28%, seguido de Ciro Gomes (PPS), com 12%. Itamar Franco (PMDB) teria 7%; Anthony Garotinho (PSB), 5%; Paulo Maluf (PPB), 3%; Eneas (Prona), 2%; e Tasso Jereissati (PSDB), 1%.
Se o candidato do PSDB fosse o ministro José Serra (Saúde), o desempenho do partido seria um pouco melhor: ACM teria os mesmos 35%, mas Lula cairia para 22%, e Ciro continuaria com 12. Itamar teria 8%, Maluf, 6%, Garotinho, 5%, e Serra obteria 4%, ficando à frente de Eneas, com 2%.
Se o candidato do PT fosse o senador Eduardo Suplicy (SP), o partido teria uma votação substancialmente menor: 5%. Num cenário com Tasso, ACM lideraria com 36%, ficando Ciro Gomes em segundo (17%). Com Serra candidato, ACM alcançaria 38%, enquanto Ciro cairia para 14%.
ACM seria mais bem sucedido se apoiasse outro candidato a presidente. O nome indicado por ele seria possivelmente votado por 44% dos baianos, e rejeitado por 24%. Em contraste, um nome indicado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso seria possivelmente votado por apenas 18% dos baianos, e rejeitado por 40%. De fato, a avaliação do governo FHC piorou muito de dezembro para cá: a taxa de ruim/péssimo saltou de 34% para 45%, enquanto a de ótimo/ bom caiu de 28% para 18%, o que explica o fraco desempenho dos candidatos do PSDB.



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