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Maioria absoluta reconduziria o pefelista ao Congresso
Baiano quer ACM senador, governador e presidente
DA REDAÇÃO
Apesar do desgaste provocado
por seu envolvimento na violação
do painel do Senado, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) seria reconduzido ao
Senado ou ao governo do Estado
caso a eleição fosse hoje. E, para os
baianos, seria igualmente o nome
ideal para ocupar a Presidência.
As opiniões se dividem quanto
ao cargo que ACM deveria disputar no próximo ano: 28% preferem vê-lo de volta ao governo do
Estado, cargo que já ocupou três
vezes; para 26%, ACM deveria regressar ao Senado, ao qual renunciou na quarta-feira; e 20% acham
que seria melhor que ele tentasse
a Presidência. Na opinião de outros 20%, ACM não deveria concorrer a nenhum desses postos.
A maioria absoluta dos baianos
afirma que votaria em ACM caso
ele se candidatasse a um desses
cargos. Numa eventual candidatura ao Senado, 61% dizem que
votariam nele com certeza e 9%
talvez votassem, mas 30% não votariam em ACM de jeito nenhum.
No caso de uma candidatura a
governador, 60% votariam em
ACM com certeza e 10% talvez o
apoiassem, contra 29% que rejeitariam seu nome. Para presidente,
o apoio a ACM seria algo menor:
54% votariam nele com certeza,
11% talvez votassem, 34% não o
apoiariam em nenhuma hipótese.
Confrontando ACM com outros candidatos, os resultados seriam os seguintes. Se a eleição dos
dois novos senadores da Bahia
ocorresse hoje, ACM seria eleito
com 52% do total de votos, enquanto seu principal adversário,
Waldir Pires (PT), obteria a segunda vaga de senador, com 31%.
O senador carlista Waldeck Ornélas (PFL), com 26%, não seria
reeleito. Mais atrás ficariam Benito Gama (PMDB), com 20%, José
Lourenço (PMDB), com 13%, e
Jacques Wagner (PT), com 9%.
Se ACM concorresse ao governo, 54% dos baianos votariam nele hoje -curiosamente, uma votação inferior aos 57% que o senador carlista Paulo Souto alcançaria se fosse o candidato do PFL.
ACM é mais forte na região metropolitana de Salvador, enquanto Souto tem seu principal reduto
no interior. O deputado Nelson
Pellegrino (PT) ficaria em segundo lugar nas duas situações: obteria 20% caso ACM fosse o candidato, e 18%, se enfrentasse Souto.
Agora, se ACM decidisse disputar a Presidência da República,
não alcançaria a maioria absoluta
na Bahia em nenhuma situação:
obteria entre 35% e 38% dos votos, dependendo dos adversários.
No primeiro cenário, 35% dos
baianos votariam em ACM (PFL).
Em segundo lugar ficaria Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), com
28%, seguido de Ciro Gomes
(PPS), com 12%. Itamar Franco
(PMDB) teria 7%; Anthony Garotinho (PSB), 5%; Paulo Maluf
(PPB), 3%; Eneas (Prona), 2%; e
Tasso Jereissati (PSDB), 1%.
Se o candidato do PSDB fosse o
ministro José Serra (Saúde), o desempenho do partido seria um
pouco melhor: ACM teria os mesmos 35%, mas Lula cairia para
22%, e Ciro continuaria com 12.
Itamar teria 8%, Maluf, 6%, Garotinho, 5%, e Serra obteria 4%, ficando à frente de Eneas, com 2%.
Se o candidato do PT fosse o senador Eduardo Suplicy (SP), o
partido teria uma votação substancialmente menor: 5%. Num
cenário com Tasso, ACM lideraria com 36%, ficando Ciro Gomes
em segundo (17%). Com Serra
candidato, ACM alcançaria 38%,
enquanto Ciro cairia para 14%.
ACM seria mais bem sucedido
se apoiasse outro candidato a presidente. O nome indicado por ele
seria possivelmente votado por
44% dos baianos, e rejeitado por
24%. Em contraste, um nome indicado pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso seria possivelmente votado por apenas 18% dos
baianos, e rejeitado por 40%. De
fato, a avaliação do governo FHC
piorou muito de dezembro para
cá: a taxa de ruim/péssimo saltou
de 34% para 45%, enquanto a de
ótimo/ bom caiu de 28% para
18%, o que explica o fraco desempenho dos candidatos do PSDB.
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