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Indígenas vão pedir saída de presidente da Funasa a Lula
CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Lideranças indígenas prepararam lista de demandas para
apresentar ao presidente Lula
na reunião da CNPI (Comissão
Nacional de Política Indigenista), no dia 19. Dentre os principais pedidos está a demissão do
presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Francisco Danilo Bastos Forte.
Na semana passada, índios
invadiram prédios da fundação
em Cuiabá (MT), Curitiba (PR)
e Porto Velho (RO). E mantiveram funcionários reféns em
Ubatuba (SP) e Capitão Poço
(PA). Indígenas criticam a suspensão no repasse de verbas,
enquanto a Funasa argumenta
que reforçou a fiscalização.
"Danilo não tem nenhuma
competência. Está no lugar errado", disse Jecinaldo Barbosa,
chefe da Coiab (Coordenação
das Organizações Indígenas da
Amazônia Brasileira).
Barbosa foi quem jogou um
copo d'água no deputado Jair
Bolsonaro (PP-RJ) em recente
audiência na Câmara, sobre a
demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol (RR). O indígena acha que, se a "pasta continuar na mão do PMDB, não vai mudar muita coisa".
Para o vice-presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Saulo Feitosa, a situação é crítica. "O caos está se espalhando." Ele rejeita o modelo de gestão da Funasa. "Não
há coordenação. Isso é conseqüência da terceirização."
Na reunião com Lula, as lideranças do CNPI vão pedir homologação de 270 terras, criação de agentes ambientais indígenas e revisão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a Amazônia. "A hidrelétrica de Belo Monte [PA] é
imposição da Dilma Rousseff
[ministra da Casa Civil], que
quer desenvolvimento a qualquer custo", disse Barbosa.
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