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Índios mantêm 5 servidores reféns no MA; no RS, grupo invade Funai e bloqueia via
DA AGÊNCIA FOLHA
Cinco funcionários da Funai
e do Incra estão há quatro dias
reféns dos índios cricatis, na aldeia São José, em Montes Altos
(MA). Segundo a Funai, eles
reivindicam mais agilidade na
retirada dos não-índios da terra
indígena Cricati.
Os reféns são técnicos que
trabalhavam no levantamento
fundiário da área. A Funai informou que enviou aos índios
um documento mostrando as
providências que estão sendo
tomadas. A reportagem não
conseguiu falar com líderes cricatis ontem. A Polícia Federal
em Imperatriz (MA) não tinha
dados sobre os reféns.
No Rio Grande do Sul, índios
caingangues invadiram ontem
a Funai em Passo Fundo e bloquearam a rodovia RS-343, entre Cacique Doble e Sananduva. Os caingangues pressionam
a Funai para acelerar a criação
de uma reserva indígena em
uma área de 1.950 hectares,
próxima ao local do bloqueio. O
líder caingangue Ireni Franco
disse que cerca de 180 índios
estão acampados à margem da
via, esperando pela criação da
reserva. Na área reivindicada
moram cem famílias de agricultores, segundo a Funai.
O administrador do órgão,
João Alberto Ferrareze, disse
que não houve violência. Os índios liberavam o tráfego na rodovia a cada 30 minutos. No
fim da tarde, desocuparam a
Funai e desobstruíram a estrada após a promessa de ganharem três passagens aéreas para
discutir a criação da reserva,
em Brasília.
Ontem, os índios também
mantiveram ações em Rondônia e em Minas Gerais. A invasão ao prédio da Funasa em
Porto Velho (RO) completou
cinco dias. Os indígenas pedem
a regularização dos repasses
para a ONG que mantém as
equipes de saúde. A Funasa diz
que as transferências foram
suspensas por irregularidades,
mas que busca uma solução.
Em Carmésia (MG), pataxós
mantêm cinco veículos da mineradora MMX retidos. Eles
querem que a empresa doe um
trator para compensar o aumento do tráfego na terra indígena Fazenda Guarani. Em Capitão Poço (PA), índios tembés
liberaram um servidor da Funasa na noite de sexta que havia
sido feito refém dois dias antes.
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