São Paulo, segunda-feira, 03 de agosto de 2009

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NELSON DE SÁ - nelson.sa@grupofolha.com.br

O que quer a Colômbia

A entrevista do chanceler Celso Amorim a Eliane Cantanhêde, ontem na Folha, ecoou pelas diversas agências internacionais com enunciados como "Brasil quer pôr limites às bases dos EUA na Colômbia" ou "Desavenças entre Brasil e EUA estão aumentando por causa da Colômbia".

 

Por outro lado, a manchete on-line do fim de semana na "Foreign Policy", que ecoa o Departamento de Estado de Hillary Clinton, pressionou que, apesar dos balanços que dão até como "trabalho de gênio" os seis meses de Obama pelo mundo, acumulam-se os países supostamente irritados com o presidente. Em destaque, a Colômbia, porque ele nada fez para aprovar o acordo bilateral de comércio.

foreignpolicy.com
Entre os supostos "sete países furiosos com Obama", a Colômbia. O Brasil, não

"MATERIAL NOVO"
Confirmando que o confronto regional cresce, a manchete on-line do "New York Times", à noite, dizia que a "Venezuela ainda ajuda rebeldes da Colômbia, mostra novo material". Seria um "material de computador capturado há alguns meses, que está sob revisão de agências de inteligências ocidentais".

CHEVRON & PRÉ-SAL
No "Wall Street Journal", a Chevron, segundo maior petroleira dos EUA, anunciou queda de 71% nos lucros, no trimestre. "Mas o sucesso em novos projetos levou a elevar a produção prevista para 2009", citando "êxitos operacionais como o início de grandes projetos no México e no mar do Brasil".



PÓS-RACIAL, NÃO

Na página "mais popular" do "NYT" de domingo, o colunista Frank Rich avalia a "cúpula da cerveja" que reuniu Obama, um professor negro e o policial branco que o prendeu. O episódio mostra que "a América não transcendeu raça, não é pós-racial", e que alguns "não aceitam a realidade de que o perfil racial da América não mais reflete o deles". Falava da histeria dos republicanos e da Fox News, por sinais como a eleição e reeleição da prefeita "latina lésbica" de Dallas, Texas.
O republicano John McCain, que passou o fim de semana em entrevistas de jornal e TV, falou à CNN que o partido está num "buraco", sem o voto "latino".

Blitt/nytimes.com
"PARANOIA LITE"
Na ilustração da coluna de Frank Rich, garrafas com marcas como "Medo". No Brasil, Exame e outros sites saudaram como Obama bebeu "cerveja da belgo-brasileira ABInBev"



RECESSÃO
O "Financial Times" ressaltou no fim de semana que Obama prevê "muitos meses até os EUA saírem da recessão", que é "mais profunda do que se pensava".
E a "Economist" avisa que os números de desemprego, esta semana, podem indicar "recuperação fraca" e até recessão em "W".

RECUPERAÇÃO
O "WSJ" não avalia assim e amontoava reportagens, ontem na home page, sobre a "recuperação" que já é percebida nas vendas da Ford e que reanima empresas que cortavam investimento.
Até o republicano John McCain, adversário de Obama, afirma que "o estímulo teve algum efeito".



CLASSE C E O FIM DA CRISE

A rede McClatchy, de jornais como "Miami Herald", produziu ontem a longa reportagem "Classe média crescente do Brasil sustenta recuperação". Ouvindo Moody's, FGV e Ipea, entre outros, afirma que mais de 20 milhões entraram na "economia de consumo nos últimos anos" e são eles que estão tirando o país da crise, "não a soja, a carne ou o minério de ferro".



A AGENDA

O domingo seguia arrastado, com a agenda do Senado pós-recesso, nas manchetes da Folha Online ao Congresso em Foco, sendo dominada pelas "ações contra Sarney". Até que o site do PMDB, em nota assinada por Michel Temer, "pede para os dissidentes deixarem o partido o quanto antes", manchete da mesma Folha Online e de outros, em "recado para Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon". A nota sumiu do link, depois.
Por outro lado, Simon reagiu de imediato no alto do G1, portal da Globo, e do site da "Veja", dizendo que só deixa a legenda "se for expulso".


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@ - Nelson de Sá


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