São Paulo, terça-feira, 03 de setembro de 2002

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Serra deixa para governo tarefa de responder ataque

RAYMUNDO COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato tucano José Serra deixou para o governo a tarefa de responder a acusações feitas por seus adversários no programa eleitoral gratuito no rádio e TV.
Serra só deve defender o Planalto em programas de debate com os outros candidatos. Mesmo assim, só quando for questionado.
Segundo a campanha da coligação PSDB-PMDB, denominada "Grande Aliança", o que Serra espera é que o governo faça a sua parte.
O tucano não quer perder tempo em seu horário de TV defendendo o Planalto, mas usá-lo para mostrar seu próprio programa de governo.
Além disso, a campanha de Serra pretende recorrer a seu tempo de rádio e TV para dar estocadas em Ciro e, mais adiante, no PT. Além dos programas já mostrados sobre Ciro, a campanha de Serra dispõe de pelo menos dois outros filmes prontos. Um remete ao bate-boca de Ciro com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), no qual ele diz que ACM "é mais sujo que pau de galinheiro".
Além de textos publicados pelos jornais, o filme teria uma foto na qual Ciro parece tentar beijar a mão de ACM.
A campanha de Serra também já disporia do áudio de uma reunião de Ciro com empresários no Rio, na qual o candidato do PPS teria dito querer "que o mercado se lixe". A estratégia de deixar o governo "fazer a sua parte" foi posta em prática pela primeira vez na semana passada, quando ficou sob a responsabilidade do Ministério da Saúde responder a críticas feitas pelo PT e pelo PPS.
Agora, coube ao Planalto pedir direito de resposta para o governo responder à acusação de Ciro sobre os desempregados.



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