DA REDAÇÃO

A queda de Ciro Gomes (PPS) na pesquisa Datafolha de intenção de voto para presidente começou nas cidades maiores e se propagou para as menores.
Numa análise da série recente dos levantamentos realizados pelo instituto, a penúltima pesquisa -feita em 15 e 16 de agosto- já mostrava uma tendência de queda do candidato do PPS nas cidades com mais de 150 mil eleitores.
Na última pesquisa -realizada no dia 30-, essa tendência se acentuou nas cidades maiores e passou a ser verificada também nas cidades de porte menor.
Com isso, Ciro -que chegou a ficar a cinco pontos do líder, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na antepenúltima pesquisa, de 30 de julho- caiu e está agora em empate técnico em segundo lugar com José Serra (PSDB). Na última pesquisa, Lula obteve 37% de intenções de voto no total dos entrevistados, Ciro, 20%, e Serra, 19%.
O Datafolha divide os municípios em cinco faixas, de acordo com o número de eleitores: até 10 mil (12% da amostra); de 10 mil a 20 mil (17%); de 20 mil a 50 mil (15%); de 50 mil a 150 mil (17%); e mais de 150 mil (39%).
Na faixa acima de 150 mil eleitores, Ciro havia caído quatro pontos na penúltima pesquisa em relação à antepenúltima. Na última caiu oito pontos, ficando com 19% de intenções de voto nas cidades de porte maior.
Na segunda faixa de cidades (de 10 mil a 20 mil eleitores), Ciro havia subido três pontos na pesquisa anterior e agora caiu os mesmos três pontos, ficando com 23%.
Ciro também havia se mantido em 30% nas cidades com mais de 20 mil até 50 mil eleitores e agora caiu para 21% nessa faixa.
Esse movimento é diferente do verificado quando o candidato do PPS subiu na série de levantamentos -de 11% no início de junho para 28% no fim de julho, atingindo seu pico.
Na pesquisa feita em 4 e 5 de julho, Ciro subiu em todas as faixas de municípios em relação à pesquisa anterior, do início de junho.
Nessa pesquisa de junho, ele só havia subido -quatro pontos- em relação à de maio na faixa de cidades com 20 mil a 50 mil eleitores. Nas outras, havia caído ou oscilado negativamente. Ou seja, não houve antecipação de tendências nas cidade maiores.
(RENATO FRANZINI)


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