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outro lado
Tucano nega envolvimento com quadrilha
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por meio de sua assessoria, o senador Antero Paes
de Barros (PSDB-MT) voltou a negar qualquer envolvimento com a quadrilha dos sanguessugas.
A defesa do senador, encaminhada para a CPI dos
Sanguessugas duas semanas atrás, se baseia em ofício do deputado Ricarte de
Freitas (PTB-MT) de 29
de novembro de 2001.
Na ocasião, Ricarte era o
coordenador da bancada
de Mato Grosso. O deputado pedia aos parlamentares do Estado que enviassem, por e-mail ou disquete, relatório no qual cada
um deveria selecionar as
emendas que considerava
prioritárias, devido a um
corte no Orçamento da
União. Ricarte pedia que
os relatórios fossem enviados até o dia seguinte.
A assessoria do senador
encaminhou à reportagem
quatro quadros com as indicações feitas por Antero
para a liberação de recursos às cidades por ele escolhidas a partir das emendas da bancada do Estado,
que teriam sido enviados
para Ricarte por e-mail.
Num dos documentos, o
senador ordena que sejam
canceladas as indicações
para compra de ambulância com base na emenda
incluída pela bancada, para esse fim (de valor inicial
de R$ 5,6 milhões), no Orçamento de 2001.
A assessoria de Antero
informou que pode provar
que a última modificação
feita no arquivo sobre o
cancelamento das emendas é de novembro de
2001. Ao ser questionada
sobre a destinação de recursos ao município de
Dom Aquino, a partir de
indicação feita por Antero
em emenda de bancada de
2000, a assessoria disse
não ter dados sobre o caso.
Contatada pela reportagem na sexta à noite, a assessoria do senador se
prontificou a dar explicações na segunda. Na concorrência realizada pelo
município de Dom Aquino, a vencedora foi a Santa
Maria, empresa de fachada do grupo Planam. A
ambulância foi entregue
em abril de 2001, sete meses antes da solicitação de
Ricarte de Freitas.
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