São Paulo, domingo, 03 de setembro de 2006

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outro lado

Tucano nega envolvimento com quadrilha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por meio de sua assessoria, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) voltou a negar qualquer envolvimento com a quadrilha dos sanguessugas.
A defesa do senador, encaminhada para a CPI dos Sanguessugas duas semanas atrás, se baseia em ofício do deputado Ricarte de Freitas (PTB-MT) de 29 de novembro de 2001.
Na ocasião, Ricarte era o coordenador da bancada de Mato Grosso. O deputado pedia aos parlamentares do Estado que enviassem, por e-mail ou disquete, relatório no qual cada um deveria selecionar as emendas que considerava prioritárias, devido a um corte no Orçamento da União. Ricarte pedia que os relatórios fossem enviados até o dia seguinte.
A assessoria do senador encaminhou à reportagem quatro quadros com as indicações feitas por Antero para a liberação de recursos às cidades por ele escolhidas a partir das emendas da bancada do Estado, que teriam sido enviados para Ricarte por e-mail.
Num dos documentos, o senador ordena que sejam canceladas as indicações para compra de ambulância com base na emenda incluída pela bancada, para esse fim (de valor inicial de R$ 5,6 milhões), no Orçamento de 2001.
A assessoria de Antero informou que pode provar que a última modificação feita no arquivo sobre o cancelamento das emendas é de novembro de 2001. Ao ser questionada sobre a destinação de recursos ao município de Dom Aquino, a partir de indicação feita por Antero em emenda de bancada de 2000, a assessoria disse não ter dados sobre o caso.
Contatada pela reportagem na sexta à noite, a assessoria do senador se prontificou a dar explicações na segunda. Na concorrência realizada pelo município de Dom Aquino, a vencedora foi a Santa Maria, empresa de fachada do grupo Planam. A ambulância foi entregue em abril de 2001, sete meses antes da solicitação de Ricarte de Freitas.


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