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Assiduidade
não é garantia
de reeleição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dos sete deputados federais com o maior índice de
presença em plenário, seis
não conseguiram se reeleger,
sendo que três deles foram
abatidos principalmente por
terem o nome envolvido no
escândalo dos sanguessugas.
Um corte que leve em conta os 50 mais assíduos e os 50
mais faltosos, porém, mostra
que os presentes tiveram
mais sucesso nas urnas (27
reeleitos) do que os ausentes
(apenas 18). "Nosso trabalho
na Câmara, principalmente
com temas relevantes como
a reforma da Previdência,
sindical e trabalhista, quando rema contra a corrente
não tem repercussão na sociedade", diz Sérgio Miranda
(PDT-MG), que não foi reeleito apesar de 100% de presença nas votações, nos últimos quatro anos. "Valeu a
pena porque estou em paz
com minha consciência."
Além dele, outros quatro
deputados tiveram índice de
100% de presença: Lincoln
Portela (PR-MG), o único
reeleito, Paulo Afonso
(PMDB-SC), Ildeu Araújo
(PP-SP) -envolvido no caso
dos sanguessugas- e Mário
Assad Júnior (PSDB-MG).
"Acho que valeu a pena
porque aprendi e, mais que
isso, cumpri meu dever", disse Wagner Lago (PDT-MA),
que teve 100% de freqüência
nos dois primeiros anos de
legislatura. Ao final, compareceu a 88% das sessões, mas
também não foi reeleito.
O deputado Chico Alencar
(PSOL-RJ) foi a 98% das sessões e se reelegeu. "A assiduidade é um dever elementar
do deputado. Em geral, a
atenção às sessões é de uma
minoria. Não comparecer
nem às sessões de terça e
quarta é um desrespeito com
o eleitor, uma trapaça", diz.
Inocêncio Oliveira (PR-PE), presente a 98% das sessões e reeleito, diz que é perfeitamente compatível a presença nas sessões e o trabalho nas comissões e bases
eleitorais. "Não vejo como o
parlamentar possa dissociar
o seu trabalho do plenário.
Aqui é onde você toma conhecimento do que está
acontecendo no país e onde
vê as leis que estão sendo votadas e que podem ter relacionamento com aquilo que
é melhor para a sua região e
para os compromissos assumidos em praça pública."
(RB)
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