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Governo reavalia compensação
da Sucursal de Brasília
O governo vai alterar a fórmula
que permite o ressarcimento das
perdas de arrecadação dos Estados geradas pela Lei Kandir. A
nova fórmula deverá levar em
conta o desempenho exportador
de cada Estado.
A Lei Kandir permite a desoneração das exportações de produtos básicos e semimanufaturados
e das compras de máquinas e
equipamentos do principal tributo estadual, o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços). Seu objetivo é estimular os embarques ao exterior e os
investimentos produtivos.
As alterações nessa lei vêm sendo negociadas com os Estados há
mais de um ano. Diversos Estados, como São Paulo e Mato
Grosso do Sul, queixam-se de que
a atual fórmula de ressarcimento,
chamada seguro-receita, prejudica os Estados que seguem a cartilha do ajuste em suas contas.
No novo cálculo, os Estados que
mais exportam tenderão a ser beneficiados.
A fórmula criada é a média ponderada das exportações de cada
Estado em relação ao total embarcado pelo país e ao valor total do
ressarcimento previsto para este
ano (R$ 3,8 bilhões).
Fatia expressiva
São Paulo, historicamente, é o
maior exportador do país. Embarcou no ano passado US$
17,541 bilhões, ou 36,54% do total
das exportações brasileiras.
Em princípio, terá a fatia mais
expressiva no bolo de R$ 3,8 bilhões, mas ainda não foi confirmado se o valor que passará a receber será maior que aquele proporcionado pelo seguro-receita.
As mudanças nessas regras serão consolidadas em um projeto
de lei complementar, ainda em
elaboração pelo Ministério do
Planejamento.
Como princípio, o texto prevê
que não haverá aumento nos R$
3,8 bilhões destinados no Orçamento deste ano ao ressarcimento. O governo federal alega que
aumentar o valor da compensação prejudicaria o ajuste nas contas públicas.
Mas, conforme foi negociado
com os governadores em outubro
de 1999, o governo vai adiantar R$
800 milhões assim que for aprovada a emenda constitucional que
cria a DRU (Desvinculação de Receitas da União).
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