São Paulo, sábado, 04 de fevereiro de 2006

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Tucano defende apuração antes de caso chegar à CPI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse ontem que, antes de a CPI dos Correios investigar um suposto caixa dois organizado pelo ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, é preciso saber se é verdadeira a lista em que aparecem 156 políticos, a maioria hoje na oposição, como beneficiários do dinheiro.
"Acho que é uma fraude, um novo dossiê Cayman", disse, em referência a documentos falsos sobre conta de tucanos no exterior.
Em depoimento à Polícia Federal nesta semana, o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas, que nega.
A Polícia Federal investiga a autenticidade da lista, assinada, supostamente, por Dimas, e procura também o original do documento, já que possui só uma cópia.
Segundo Virgílio, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse, em conversa com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), acreditar na falsidade da lista. "Então peço ao ministro que, com clareza, diga que considera a lista falsa ou autorize alguém da Polícia Federal a dizer isso, para não ficar a honra de pessoas exposta a uma situação incômoda", disse o senador.
Ontem, a Executiva Nacional do PT divulgou nota em que defende "a apuração rigorosa" do caixa dois em Furnas e refuta a acusação de que o partido seria o autor apócrifo da lista.


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