São Paulo, domingo, 04 de março de 2001

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Maguito Vilela, presidente interino do PMDB, diz que governador de Minas "estava certo" ao criticar o governo

Para peemedebista, Itamar volta com mais força ao partido

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O senador Maguito Vilela (GO), que deve assumir a presidência do PMDB no lugar de Jader Barbalho até a convenção partidária, em maio, disse que Itamar Franco volta mais fortalecido ao partido.
"Hoje, a nação entende que o governador de Minas estava certo e que tinha razão nas suas críticas (ao governo FHC). O tempo se encarregou de dizer que ele estava certo. Ele volta mais forte ainda", disse. Para ele, "o PMDB também fica fortalecido" com Itamar.
Maguito disse que não houve nenhum acordo para o retorno, mas um "entendimento". "O partido está consciente, mais maduro e mais responsável. Entendeu que tinha que ser pacífico, sem qualquer tipo de censura", afirmou.
Houve vários encontros entre aliados de Itamar e lideranças nacionais do partido, incluindo Jader e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Geddel Vieira Lima (BA). Uma das reuniões foi na casa do deputado Michel Temer (SP), no início de fevereiro.
Quem mais negociou o "entendimento" pelo lado de Itamar foi o seu vice, Newton Cardoso, e o assessor especial do governo de Minas Alexandre Dupeyrat.
Maguito, no entanto, disse que o PMDB "continua heterogêneo, com duas fileiras (uma governista e outra desatrelada)". Itamar representa a oposição, o que o levou a sair do partido no final de 1999.
"Com relação a isso, vai continuar tudo como antes", disse Maguito, que, no entanto, diz ser "irreversível" uma candidatura própria do PMDB ao Planalto.
Além de Itamar, o senador gaúcho Pedro Simon deverá disputar a convenção de 2002 que vai definir o candidato. Aliados de Itamar esperam que Simon abra mão da candidatura. Mas, por enquanto, ele não admite isso.
O deputado federal Hélio Costa (PMDB-MG) disse que os aliados de Itamar não vêem possibilidades de o PMDB não ter candidatura própria à sucessão de Fernando Henrique em 2002.
"A diferença para 1998 é que dessa vez não vai haver um presidente da República candidato, mas um candidato do presidente da República, o que é uma diferença muito grande", disse Costa.


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