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TODA MÍDIA
Nelson de Sá
Condi e José Dirceu
Agências internacionais e
a Globo, que segue José
Dirceu há dias pelo mundo, deram que a Alca foi destaque na
conversa do ministro com a secretária de Estado, Condoleezza
Rice, na "photo-op" de ontem
em Washington.
O porta-voz da secretária dos
EUA relatou no site do Departamento de Estado que "a Alca
certamente veio à tona", mas
que a conversa abordou "um
monte de coisas".
Para começar, discutiram o
encontro entre América Latina e
Oriente Médio, que vem aí, no
Brasil -e "ficou claro como é
importante, para nós e para o
Brasil, a reforma democrática"
nos países árabes.
Mas havia algo mais significativo, "eu estou esquecendo algo
grande", observou o porta-voz.
Ele checou as notas:
- Deixe-me ver... Eles falaram sobre o Haiti. E falaram sobre a relação entre os Estados
Unidos e o Brasil, que tem sido
muito próxima e como nós estamos trabalhando bem. Não apenas entre as nações, mas entre os
dois presidentes.
Pelo jeito, parou por aí.
Quanto à Alca, destacada no
Jornal Nacional, o porta-voz de
"Condi" procurou deixar claro
que não é para já.
OUTRAS INFLUÊNCIAS
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SORRISOS Prosseguia ontem, em jornais sul-americanos como o "Página 12", a repercussão do encontro -e da sorridente concordância- entre Lula, Néstor Kirchner e Hugo Chávez
Sem os EUA, outros vão tomando a iniciativa na América Latina. Ontem o "Financial Times" noticiou que a
Espanha de José Luis Zapatero está organizando um encontro com o brasileiro Lula, o venezuelano Hugo Chávez e o colombiano Alvaro Uribe, até o final deste mês,
para coordenar "o combate ao terrorismo" na Amazônia
-e na Colômbia em particular.
Por outro lado, o "Miami Herald" destacou ontem um
estudo elaborado pela academia de ciências da China,
"Reformas Econômicas em Cuba, na Perspectiva Chinesa", que aponta "o que Cuba pode aprender com a China". Entre outras lições: "o mercado pode também servir
ao socialismo"; "a liderança cubana poderia ser mais liberal e corajosa em áreas como a abertura [comercial]
para o resto do mundo"; e "é necessário deixar algumas
pessoas se tornarem ricas".
Patrimônio
Já não vai bem a imagem do
Congresso, sob o comando de
Severino Cavalcanti.
E ontem o site Congresso em
Foco entrou na rede com novo
levantamento detalhado sobre
"a evolução patrimonial dos
parlamentares". Os eleitos no
ano passado "tiveram aumento
patrimonial de até 233%".
A quem produz
O ministro Antônio Palocci
apostou que os números ainda
vão dizer que a carga tributária
não aumentou em 2004.
Já o pefelista Cesar Maia faz da
aposta contrária a sua bandeira,
em novos comerciais. Em início
de campanha, ele já promete
"diminuir o peso dos impostos
sobre quem produz".
NOVOS PROBLEMAS
economist.com/Reprodução
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Ilustração da "Economist" traz Lula distribuindo dinheiro |
"O ministro Antônio Palocci deve se sentir agora como
alguém que diz eu-não-falei", escreveu ontem a revista
"The Economist". Afinal, sua tão criticada política fiscal
"nocauteou a inflação em 2003 e entregou depois um
crescimento de 5,2% no ano passado":
- Mas o sucesso apresentou novos problemas e novos
críticos a Mr. Palocci.
A nova crítica é que agora "a política orçamentária está
fazendo pouco para conter a demanda e a inflação", o
que leva a uma taxa de juros alta demais.
A "Economist" concorda, "desta vez os críticos estão
certos", e aponta o dedo para "o chefe de Mr. Palocci,
presidente Lula", que elevou "os gastos do governo em
11% no ano passado". E agora, diz a revista ultraliberal,
"ele vai elevar o salário mínimo para R$ 300 (US$ 115)",
aumentando o custo da Previdência.
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