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OUTRO LADO
Empresas não se manifestam
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O superintendente administrativo da Toshiba do Brasil, Tochio
Nonaka, informou ontem que a
empresa só vai se manifestar sobre o depoimento do ex-funcionário José Antonio Talavera depois que tiver acesso aos papéis na
Polícia Federal e no Ministério
Público Federal.
"Vamos fazer um comunicado,
em breve, depois que considerarmos todo o conteúdo", disse. Ele
afirmou que Talavera trabalhou
na Toshiba até 2004 e exerceu o
cargo de superintendente administrativo. Disse também que Talavera não move ações trabalhistas contra a Toshiba. Não explicou as circunstâncias da saída do
funcionário da empresa.
Sediada em Contagem (MG), a
Toshiba do Brasil tem cerca de
500 funcionários, faturamento
anual de R$ 120 milhões e capital
100% japonês. A empresa fabrica
e faz a manutenção de transformadores e reguladores de tensão.
A assessoria de Furnas informou que não tomou conhecimento oficial do depoimento de
Talavera e que, por isso, não se
manifestou: "Furnas nunca recebeu nenhuma denúncia ou promoveu investigação sobre contratos com a Toshiba. A partir de
2003, Furnas manteve relações
comerciais com a empresa Toshiba, decorrentes de aquisições e
manutenções de equipamentos
elétricos e sobressalentes para
suas subestações. O valor global
dessas aquisições e manutenções
foi de R$ 8,625 milhões".
As assessorias de imprensa da
ABB Brasil e da Alstom Brasil
Ltda., procuradas pela Folha, informaram que as empresas não se
manifestariam sobre os depoimentos de Talavera.
"Como a empresa não recebeu
notificação nem nada oficial, não
vai comentar", informou a assessoria da ABB. A empresa faturou
R$ 1,09 bilhão em 2005, tem 3.924
funcionários e atua em tecnologias de potência e manutenção.
"Por ora, a Alstom Brasil não vai
responder sobre esse assunto",
informou a assessoria da empresa, que tem capital francês, fatura
no Brasil R$ 1,07 bilhão por ano e
emprega 2.900 funcionários.
A assessoria da WEG S.A. informou que não foi possível localizar
diretores aptos a se manifestar sobre os depoimentos. A WEG fabrica motores elétricos e faturou
R$ 2,9 bilhões em 2005.
O advogado Athos Procópio de
Oliveira Júnior, que representa o
Banco Safra, diz que o grupo espera mais detalhes sobre o depoimento de José Antonio Talavera
para responsabilizá-lo judicialmente. "A denúncia é um absurdo total", afirma.
"Gostaríamos de obter mais detalhes para responsabilizar o denunciante", diz Oliveira Júnior, ao
comentar a acusação de que o
banco participaria de uma suposta "caixinha" para pagar diretores
de estatais para vencer licitações.
A assessoria de imprensa da GE,
principal acionista da Gevisa, informou que "a empresa não comentará" o depoimento.
A Villares informou que o grupo se desligou da Gevisa: "Eventuais executivos da Villares que
atuavam na Gevisa não estão mais
na empresa". A Gevisa, que possui uma fábrica na região de Contagem, atualmente é uma sociedade da GE e do Banco Safra.
Colaborou a Sucursal do Rio
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