São Paulo, sábado, 04 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Empresas não se manifestam

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O superintendente administrativo da Toshiba do Brasil, Tochio Nonaka, informou ontem que a empresa só vai se manifestar sobre o depoimento do ex-funcionário José Antonio Talavera depois que tiver acesso aos papéis na Polícia Federal e no Ministério Público Federal.
"Vamos fazer um comunicado, em breve, depois que considerarmos todo o conteúdo", disse. Ele afirmou que Talavera trabalhou na Toshiba até 2004 e exerceu o cargo de superintendente administrativo. Disse também que Talavera não move ações trabalhistas contra a Toshiba. Não explicou as circunstâncias da saída do funcionário da empresa.
Sediada em Contagem (MG), a Toshiba do Brasil tem cerca de 500 funcionários, faturamento anual de R$ 120 milhões e capital 100% japonês. A empresa fabrica e faz a manutenção de transformadores e reguladores de tensão.
A assessoria de Furnas informou que não tomou conhecimento oficial do depoimento de Talavera e que, por isso, não se manifestou: "Furnas nunca recebeu nenhuma denúncia ou promoveu investigação sobre contratos com a Toshiba. A partir de 2003, Furnas manteve relações comerciais com a empresa Toshiba, decorrentes de aquisições e manutenções de equipamentos elétricos e sobressalentes para suas subestações. O valor global dessas aquisições e manutenções foi de R$ 8,625 milhões".
As assessorias de imprensa da ABB Brasil e da Alstom Brasil Ltda., procuradas pela Folha, informaram que as empresas não se manifestariam sobre os depoimentos de Talavera.
"Como a empresa não recebeu notificação nem nada oficial, não vai comentar", informou a assessoria da ABB. A empresa faturou R$ 1,09 bilhão em 2005, tem 3.924 funcionários e atua em tecnologias de potência e manutenção.
"Por ora, a Alstom Brasil não vai responder sobre esse assunto", informou a assessoria da empresa, que tem capital francês, fatura no Brasil R$ 1,07 bilhão por ano e emprega 2.900 funcionários.
A assessoria da WEG S.A. informou que não foi possível localizar diretores aptos a se manifestar sobre os depoimentos. A WEG fabrica motores elétricos e faturou R$ 2,9 bilhões em 2005.
O advogado Athos Procópio de Oliveira Júnior, que representa o Banco Safra, diz que o grupo espera mais detalhes sobre o depoimento de José Antonio Talavera para responsabilizá-lo judicialmente. "A denúncia é um absurdo total", afirma.
"Gostaríamos de obter mais detalhes para responsabilizar o denunciante", diz Oliveira Júnior, ao comentar a acusação de que o banco participaria de uma suposta "caixinha" para pagar diretores de estatais para vencer licitações.
A assessoria de imprensa da GE, principal acionista da Gevisa, informou que "a empresa não comentará" o depoimento.
A Villares informou que o grupo se desligou da Gevisa: "Eventuais executivos da Villares que atuavam na Gevisa não estão mais na empresa". A Gevisa, que possui uma fábrica na região de Contagem, atualmente é uma sociedade da GE e do Banco Safra.


Colaborou a Sucursal do Rio


Texto Anterior: Acusações contra diretor custaram cargo e sigilos
Próximo Texto: O publicitário: Valério cobra dívida do BB na Justiça
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.