DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de três meses em reparos, a Malásia conseguiu fazer navegar o seu primeiro submarino -do modelo francês Scorpène, o mesmo comprado pelo Brasil dentro do acordo militar de R$ 22,5 bilhões assinado em 2009.
O teste ocorreu no dia 21, após o governo do país asiático confirmar que o primeiro de seus dois submarinos estava com problemas nos sistemas de submersão e refrigeração. Ainda que possam ser normais, problemas assim não são admitidos.
O ministro Ahmad Zahid Hamidi (Defesa) disse que a garantia dada pelo fabricante DCNS teve de ser estendida para cobrir a manutenção. A segunda unidade deve chegar ao país em maio.
A Malásia adquiriu seus submarinos por R$ 1,7 bilhão em 2002, valor que não é comparável ao contrato brasileiro (cerca de R$ 5 bilhões por quatro Scorpène, fora a construção de base, o desenvolvimento de uma versão nuclear e armamentos), pois o modelo daqui tem diferenças técnicas. Houve acusações de corrupção na negociação, negadas pela França e pelos malaios.
No caso do Brasil, que trocou uma parceria de 25 anos com os líderes de mercado HDW (Alemanha) pelos franceses, há críticas em relação ao custo de R$ 4,75 bilhões para a construção de uma base naval -a ser feita pela Odebrecht, escolhida sem licitação. (IG)

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