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Local de almoço foi escolha difícil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A definição da programação de
Lionel Jospin esbarrou num obstáculo: o Planalto não aceitava
que o almoço "informal" com o
presidente Fernando Henrique
Cardoso fosse menos charmoso e
emblemático do que o marcado
para a casa de Marta Suplicy.
Foram cerca de dez dias de intensas conversas e alguma angústia entre o Itamaraty e os representantes da França. Pensaram
em ilhas, florestas urbanas, museus -todos locais bucólicos do
Rio-, que esbarravam em dificuldades operacionais para o deslocamento de Jospin e sua segurança. Acabou sobrando o Copacabana Palace, que não é pouco.
As relações Brasil-França passam pela literatura, música, comércio, mas também pelo lado
político-ideológico. Muitos dos líderes políticos de hoje foram asilados ou exilados em Paris durante o regime militar. Caso do secretário-geral da Presidência, o tucano Aloysio Nunes Ferreira.
O coração socialista francês, porém, bate mais pelo PT de Marta
do que pelo PSDB de FHC. Jospin
deve, inclusive, insistir para que o
partido se filie à Internacional Socialista.
(EC)
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