São Paulo, domingo, 04 de abril de 2004

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QUESTÃO INDÍGENA

Após acordo, índios libertam reféns em MS

DA AGÊNCIA FOLHA

As lideranças indígenas libertaram na madrugada de ontem os funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), inclusive o coordenador regional do órgão, Gaspar Francisco Hickmann, que eram mantidos como reféns na sede da fundação, em Campo Grande (MS).
Os funcionários ficaram presos por cerca de trinta horas. Os índios deixaram o prédio depois de uma negociação de suas lideranças com o diretor do Departamento de Saúde Indígena da Funasa em Brasília, Ricardo Chagas, e representantes do Ministério Público Federal.
A Funasa e o Ministério Público Federal acabaram assinando um termo de compromisso com os índios. Não foi concedido o aumento do teto orçamentário de R$ 9,6 milhões para R$12,6 milhões, como eles queriam. Em contrapartida, serão destinados mais R$ 2 milhões para o saneamento das comunidades.
Uma outra dotação orçamentária, que ainda não tem valor definido, será destinada para a construção e reforma de postos de saúde em Campo Grande, Dourados e Amambaí.
A invasão dos índios, ocorrida na noite de quinta-feira, aconteceu um dia após o governo federal ter alterado os rumos da política de saúde indígena.
A Funasa voltou a ser a responsável direta pela assistência médica a cerca de 400 mil índios. Desde 1999, o trabalho estava sendo feito por ONGs, prefeituras, Estados e universidades.


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