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QUESTÃO INDÍGENA
Após acordo, índios libertam reféns em MS
DA AGÊNCIA FOLHA
As lideranças indígenas libertaram na madrugada de ontem os
funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), inclusive
o coordenador regional do órgão,
Gaspar Francisco Hickmann, que
eram mantidos como reféns na
sede da fundação, em Campo
Grande (MS).
Os funcionários ficaram presos
por cerca de trinta horas. Os índios deixaram o prédio depois de
uma negociação de suas lideranças com o diretor do Departamento de Saúde Indígena da Funasa em Brasília, Ricardo Chagas,
e representantes do Ministério
Público Federal.
A Funasa e o Ministério Público
Federal acabaram assinando um
termo de compromisso com os
índios. Não foi concedido o aumento do teto orçamentário de
R$ 9,6 milhões para R$12,6 milhões, como eles queriam. Em
contrapartida, serão destinados
mais R$ 2 milhões para o saneamento das comunidades.
Uma outra dotação orçamentária, que ainda não tem valor definido, será destinada para a construção e reforma de postos de
saúde em Campo Grande, Dourados e Amambaí.
A invasão dos índios, ocorrida
na noite de quinta-feira, aconteceu um dia após o governo federal
ter alterado os rumos da política
de saúde indígena.
A Funasa voltou a ser a responsável direta pela assistência médica a cerca de 400 mil índios. Desde
1999, o trabalho estava sendo feito
por ONGs, prefeituras, Estados e
universidades.
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