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Kassab corre para aprovar reajustes até amanhã
DA REDAÇÃO
A Câmara Municipal de São
Paulo marcou cinco sessões extraordinárias para hoje e outras
cinco para amanhã. Na pauta,
projetos de aumentos salariais
para servidores municipais.
A votação não pôde ocorrer
ontem por conta de prazos regimentais. A expectativa dos
vereadores é a de que os projetos sejam votados ainda hoje.
As sessões marcadas para amanhã são garantia para a aprovação. A primeira delas está agendada para 0h05.
Por conta da Lei Eleitoral, as
mudanças salariais devem ser
votadas pela Câmara e publicadas até o dia 8, na terça.
Em ano eleitoral, a administração Gilberto Kassab (DEM)
enviou projeto para reajustar o
salário de médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos e
demais servidores municipais
da área de saúde em índices que
variam de 25% a 40%.
O reajuste atingirá 30 mil
servidores e o aumento é retroativo a janeiro de 2008. O
projeto foi aprovado em primeiro turno na terça-feira com
48 votos (o total é 55) e agora
vai a votação no segundo turno.
Também será votado na próxima sessão o projeto de lei 180,
que "dispõe sobre a revisão
anual dos servidores públicos
municipais referente ao ano de
2008". Nesse caso, a revisão é
obrigatória, pela Constituição.
A partir de maio de 2008, o aumento é de 0,01%.
Há ainda dois projetos de lei
sobre reajustes que complementam uma reestruturação
iniciada em 2007. Agora, o aumento será dado a procuradores e auditores, além de outros
profissionais de fiscalização.
Em alguns casos na saúde, o
aumento pode chegar a 72%.
Outro ponto da proposta é a
criação de um prêmio de produtividade e desempenho para
quase 50 mil servidores.
"É um aumento maior que o
acumulado nos últimos dez
anos, aproximando a remuneração dos profissionais da saúde pública dos profissionais do
mercado privado", diz o líder
do governo na Câmara, José
Police Neto, o Netinho (PSDB).
Um projeto de aumento para
servidores da educação já foi
aprovado na Câmara e será publicado no "Diário Oficial". O
percentual, válido a partir de
1º de maio deste ano, é de 20% e
beneficia os 70 mil servidores
da educação e 17 mil aposentados e pensionistas.
Outras duas parcelas, em
maio de 2009 e em maio de
2010, foram asseguradas, totalizando 37,5% de reajuste. Segundo a secretaria, ao todo, o
reajuste acrescenta R$ 600 milhões ao ano à folha salarial.
"Isso tudo só foi possível porque se plantou. Não seria possível se não tivesse a saúde financeira que o município tem hoje", afirma Netinho.
(FERNANDO BARROS DE MELLO)
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