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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Nomeado por Gilmar Mendes, secretário-geral deixa cargo
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-geral do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça), Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, no cargo desde abril, pediu demissão na última terça. Ele teria sofrido
pressão de conselheiros insatisfeitos com recentes decisões administrativas da nova gestão, sob o comando do
ministro Gilmar Mendes, segundo a reportagem apurou.
À Folha Magalhães afirmou que não houve desentendimento entre ele e Mendes e que sua decisão foi tomada "por problemas pessoais". Na semana que vem,
ele volta ao Rio, onde atua
como juiz titular da Vara Civil da Barra da Tijuca. Seu
substituto, cujo nome ainda
não foi definido, deve tomar
posse já na semana que vem.
Magalhães foi nomeado
pelo atual presidente do
CNJ com o objetivo de reestruturar o órgão. Quando assumiu, disse que faria "mudanças pontuais". Mendes
disse, via assessoria, que Magalhães alegou "motivos pessoais" para a saída e que aceitou "tranqüilamente".
Justiça
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou, após sair
de uma reunião com Gilmar
Mendes, a necessidade de
"marcos normativos" para lidar com "uma capacidade investigativa científica forte
que também não está muito
bem regulada."
Ele se referia a recentes
declarações do presidente do
STF, que criticou o vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal, caracterizando-o de "terrorismo lamentável" e "coisa de gângster."
"É preciso que se discuta
marcos normativos para que
esses trabalhos aproveitem
toda a tecnologia existente e
se preserve os direitos individuais. Tivemos convergência
total", disse Tarso.
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