São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2005

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Família Silva evita falar de crise

DA AGÊNCIA FOLHA, EM GARANHUNS

Pouco antes do início do evento em Garanhuns (a 235 km de Recife, PE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve encontro reservado com um grupo de aproximadamente 50 parentes em uma sala do centro cultural da cidade.
Lula entrou no local acompanhado de dois familiares. Saudou todos coletivamente e depois distribuiu abraços e apertos de mão. Sobre a crise política, nada se falou nos 30 minutos de conversa.
O relato da reunião em família foi feito à Folha pelo agricultor Gilberto Ferreira, 58, primo de Lula e um dos presentes no encontro. Ferreira disse que o apoio ao presidente é unânime, mas que todos preferiram evitar o assunto.
Mas, fora da sala, o lavrador, que é casado e tem cinco filhos, opinou. Em sua casa, em Caetés, ex-distrito de Garanhuns e terra natal de Lula, ele disse que não ficou surpreso com a denúncia de existência de caixa dois nas campanhas eleitorais. "Só não esperava que tivesse também no PT."
Para o lavrador, a oposição ataca o presidente para evitar sua reeleição. "Lula não sabia de nada, se ele soubesse já teriam descoberto." Para ele, Lula vai reagir, e o país saberá superar a crise. "Acho que vai ter uma quebradinha por uns dias, mas depois volta ao normal e até melhora."
Filiado ao PT há 18 anos, ele não acredita no envolvimento do deputado José Dirceu nas supostas irregularidades. Para ele, os problemas foram provocados por "algumas pessoas" do PT. (TG)

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