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Família Silva evita falar de crise
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GARANHUNS
Pouco antes do início do evento
em Garanhuns (a 235 km de Recife, PE), o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva teve encontro reservado com um grupo de aproximadamente 50 parentes em uma
sala do centro cultural da cidade.
Lula entrou no local acompanhado de dois familiares. Saudou
todos coletivamente e depois distribuiu abraços e apertos de mão.
Sobre a crise política, nada se falou nos 30 minutos de conversa.
O relato da reunião em família
foi feito à Folha pelo agricultor
Gilberto Ferreira, 58, primo de
Lula e um dos presentes no encontro. Ferreira disse que o apoio
ao presidente é unânime, mas que
todos preferiram evitar o assunto.
Mas, fora da sala, o lavrador,
que é casado e tem cinco filhos,
opinou. Em sua casa, em Caetés,
ex-distrito de Garanhuns e terra
natal de Lula, ele disse que não ficou surpreso com a denúncia de
existência de caixa dois nas campanhas eleitorais. "Só não esperava que tivesse também no PT."
Para o lavrador, a oposição ataca o presidente para evitar sua
reeleição. "Lula não sabia de nada, se ele soubesse já teriam descoberto." Para ele, Lula vai reagir,
e o país saberá superar a crise.
"Acho que vai ter uma quebradinha por uns dias, mas depois volta ao normal e até melhora."
Filiado ao PT há 18 anos, ele não
acredita no envolvimento do deputado José Dirceu nas supostas
irregularidades. Para ele, os problemas foram provocados por
"algumas pessoas" do PT.
(TG)
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