DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de avaliarem como positiva a participação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate presidencial da TV Record, integrantes da direção do partido avaliam, em conversas reservadas, que o candidato "sumiu" durante boa parte do evento.
Teme-se que, com o acirramento da disputa entre Ciro Gomes (PPS) e José Serra (PSDB), Lula acabe em segundo plano, o que o tornaria alvo fácil de acusações de "falta de firmeza" no segundo turno. Tucanos e ciristas já vem acusando o petista de apatia.
Por um lado, há consenso no partido de que a estratégia geral da campanha é correta e que o petista não deve aceitar provocações de adversários em posição menos favorável nas pesquisas.
Nos próximos dias, o PT vai avaliar se o nível de exposição na mídia de Lula está satisfatório, ou se ele foi "soterrado" pela guerra pelo segundo lugar. Nesta última hipótese, poderá haver o aumento das críticas no horário eleitoral petista, não a Serra ou Ciro, mas a políticas do governo federal.
Um esboço desta estratégia já foi apresentado em um programa de TV em que Lula criticou a decisão de se construir plataformas da Petrobras no exterior.
O PT também poderá rever a estratégia de deixar a cargo de lideranças nacionais a defesa de Lula de ataque de adversários. O próprio Lula, que vem falando apenas de programa de governo e fugindo de perguntas embaraçosas, poderá passar a responder.



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