São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2005

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Campo Majoritário é preterido em SC, RS e ES

DA AGÊNCIA FOLHA

Em pelo menos três Estados a derrota de candidatos do Campo Majoritário é tida como certa pelas lideranças petistas ouvidas pela reportagem. No Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Espírito Santo, correntes adversárias do Campo já venceram as eleições internas em 2001. Agora, com a crise envolvendo nomes da ala, essas correntes devem manter a liderança na disputa deste ano.
No Rio Grande do Sul, o ex-ministro Olívio Dutra lançou há duas semanas sua candidatura à presidência da sigla. Quatro candidatos abriram mão da disputa para apoiá-lo, menos o do Campo, o ex-secretário Estilac Xavier.
Entre os desistentes, está o ex-tesoureiro do PT gaúcho Marcelino Pies, citado por Marcos Valério como destino de R$ 1,2 milhão dos empréstimos contraídos para o PT. Pies disse ter recebido dois cheques das empresas do publicitário no total de R$ 150 mil.
Dutra é considerado favorito pelos petistas gaúchos ouvidos. Ele procura, no entanto, se distanciar das disputas nacionais.
O quadro do PT em Santa Catarina é um caso à parte, segundo os petistas ouvidos pela Folha. O candidato Lizeu Mazzioni é o nome do Campo, mas outros contam com a simpatia da tendência.
O deputado estadual Vânio dos Santos, que defende sistematicamente o governo Lula, é do grupo local chamado Movimento Socialista e tem atraído os votos dos petistas mais moderados ao mesmo tempo que não sofre o desgaste dos integrantes do Campo.
O professor Pedro Uczai, da Articulação de Esquerda, ala que atualmente preside o diretório catarinense, também tem trânsito entre os moderados pela alegada facilidade que tem para o diálogo.
No Espírito Santo, a expectativa do deputado estadual e candidato Cláudio Vereza é que a esquerda receba 70% dos votos e vença no primeiro turno. Em 2001, o campo de esquerda, que teve candidatura única, fez 80% dos votos.
No Estado houve uma tentativa de unificar as candidaturas das correntes de esquerda em torno do nome de Vereza, mas não houve consenso. (LÉO GERCHMANN E SÍLVIA FREIRE)

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