|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Campo Majoritário é preterido em SC, RS e ES
DA AGÊNCIA FOLHA
Em pelo menos três Estados a
derrota de candidatos do Campo
Majoritário é tida como certa pelas lideranças petistas ouvidas pela reportagem. No Rio Grande do
Sul, em Santa Catarina e no Espírito Santo, correntes adversárias
do Campo já venceram as eleições
internas em 2001. Agora, com a
crise envolvendo nomes da ala,
essas correntes devem manter a
liderança na disputa deste ano.
No Rio Grande do Sul, o ex-ministro Olívio Dutra lançou há
duas semanas sua candidatura à
presidência da sigla. Quatro candidatos abriram mão da disputa
para apoiá-lo, menos o do Campo, o ex-secretário Estilac Xavier.
Entre os desistentes, está o ex-tesoureiro do PT gaúcho Marcelino Pies, citado por Marcos Valério como destino de R$ 1,2 milhão
dos empréstimos contraídos para
o PT. Pies disse ter recebido dois
cheques das empresas do publicitário no total de R$ 150 mil.
Dutra é considerado favorito
pelos petistas gaúchos ouvidos.
Ele procura, no entanto, se distanciar das disputas nacionais.
O quadro do PT em Santa Catarina é um caso à parte, segundo os
petistas ouvidos pela Folha. O
candidato Lizeu Mazzioni é o nome do Campo, mas outros contam com a simpatia da tendência.
O deputado estadual Vânio dos
Santos, que defende sistematicamente o governo Lula, é do grupo
local chamado Movimento Socialista e tem atraído os votos dos petistas mais moderados ao mesmo
tempo que não sofre o desgaste
dos integrantes do Campo.
O professor Pedro Uczai, da Articulação de Esquerda, ala que
atualmente preside o diretório catarinense, também tem trânsito
entre os moderados pela alegada
facilidade que tem para o diálogo.
No Espírito Santo, a expectativa
do deputado estadual e candidato
Cláudio Vereza é que a esquerda
receba 70% dos votos e vença no
primeiro turno. Em 2001, o campo de esquerda, que teve candidatura única, fez 80% dos votos.
No Estado houve uma tentativa
de unificar as candidaturas das
correntes de esquerda em torno
do nome de Vereza, mas não houve consenso.
(LÉO GERCHMANN E SÍLVIA FREIRE)
Texto Anterior: Escândalo do "mensalão"/ PTxPT: Crise afeta ala majoritária do PT em eleição Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/ trincheira de defesa: Dirceu não quer arcar sozinho com erros do PT Índice
|