DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Previ, Sérgio Rosa, confirmou que procurou em 2003 o então ministro das Comunicações, Miro Teixeira, para tratar do acordo de acionistas entre os fundos de pensão e o Opportunity na Brasil Telecom. Ressaltou, no entanto, que apenas relatou ao ministro o que ocorria na empresa e que só esteve com ele uma ou duas vezes.
"O ministro das Comunicações, obviamente, é sempre uma parte importante em qualquer assunto que envolva empresas de telecomunicação. Nós somos sócios de duas dessas companhias, Telemig e Brasil Telecom. Eu o procurei no sentido de relatar a situação societária, nossa visão de como estava sendo a gestão da companhia, nossa luta para preservar os interesses econômicos dos fundos de pensão", afirmou Rosa.
Ressaltou também que o ministro o recebeu "dentro da absoluta formalidade do cargo". Disse ainda que informou a Miro Teixeira que não pretendia tomar nenhuma medida que estivesse fora do marco da legalidade.
Lembrou que os fundos de pensão conseguiram destituir o Opportunity do comando da Brasil Telecom, no começo deste ano, por meio de um acordo, em condições de mercado, com o Citibank. Disse que também relatou o que acontecia na Brasil Telecom ao então presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb. Contou que informava a Casseb todos os casos importantes para a Previ, pois o BB é o patrocinador do fundo.
Por meio de sua assessoria no Brasil, o Citibank informou que Mary Lynn Putney ocupou o cargo de vice-presidente do CVC (Citibank Venture Capital) até o final do ano passado, quando se aposentou. Como Mary Lynn não está mais na instituição, o banco não conseguiu encontrar, até o fechamento desta edição, os arquivos que pudessem comprovar a troca de e-mails entre ela e Daniel Dantas. O CVC é um braço do Citibank para investimentos.

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