|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Programa usou só 7% dos recursos previstos
DA AGÊNCIA FOLHA
O relatório técnico do TCE
(Tribunal de Contas do Estado)
de Minas Gerais sobre a prestação de contas de 2004 de Aécio
Neves (PSDB) revela que o
principal programa do governo
mineiro na área de saúde teve
execução de somente 7,04%
dos recursos totais previstos
naquele ano.
O programa Viva Vida, de
combate à mortalidade infantil
e materna no Estado, teve gastos de R$ 352,2 mil em 2004,
para uma previsão de R$ 5 milhões. Da meta de distribuir
cem kits (atenção básica, maternidade e neonatal), "a execução registrou o quantitativo
de dois kits", diz o relatório.
Sobre a distribuição de kits
do Viva Vida em 2004, o governo mineiro afirmou que o relatório está errado.
Informou que foram distribuídos dois tipos de kits "atenção básica" (com aparelhos como estetoscópio e balança), e
não dois kits. Segundo o governo, 812 municípios mineiros
(95% do total) receberam kits
em 2004.
O valor gasto no Viva Vida em
2004 é, por exemplo, cinco vezes menor do que o R$ 1,84 milhão aplicado pelo governo mineiro na campanha do "déficit
zero", feita pela agência SMPB,
do empresário Marcos Valério,
para divulgar o equilíbrio orçamentário alcançado na gestão
Aécio.
A campanha de prestação de
contas na saúde, feita pela DNA
Propaganda, que também era
de Marcos Valério, custou R$
1,595 milhão.
Outro projeto prioritário do
governo Aécio na saúde, o Saúde em Casa, de promoção, prevenção e assistência à saúde da
família, teve execução de 0,62%
(R$ 244,2 mil) em relação aos
valores inicialmente orçados
(R$ 39 milhões).
O relatório do TCE-MG classifica como "irrisórias" as realizações do programa no ano de
2004.
Assinado por 20 técnicos do
TCE-MG, o relatório sobre as
contas do governo mineiro em
2004 questiona se a inclusão de
despesas com saneamento no
montante das aplicações em
saúde não estaria drenando recursos desse último setor.
"Há de se avaliar se a parcela
alocada para investimentos em
saneamento, a título de despesas com saúde, representa retirada de significativos recursos
da atenção e assistência à saúde", aponta o documento.
Texto Anterior: Eleições 2006/Minas Gerais: Governo diz usar instrução do TCE em gasto com saúde Próximo Texto: São Paulo: Mercadante pede que eleitor não tenha medo de votar nele Índice
|