DA REPORTAGEM LOCAL

Em depoimento prestado à Polícia Federal de Brasília no último dia 22, Osvaldo Bargas, ex-assessor do Ministério do Trabalho e amigo de Lula, disse que sua função no grupo envolvido na compra do dossiê contra José Serra era "garantir" que os documentos que embasavam a entrevista da família Vedoin à "IstoÉ" fossem protocolados na Justiça antes da entrevista ser feita.
A idéia, segundo Bargas, era "preservar" os Vedoin "em relação aos benefícios" do acordo da delação premiada que o empresário Luiz Antonio Vedoin havia fechado com o Ministério Público Federal e "dar legitimidade ao conteúdo" da entrevista. Bargas deixou toda a responsabilidade pela negociação que levou à entrevista e à entrega frustrada, ao PT, do dossiê nos ombros do ex-diretor do BB Expedito Afonso Veloso e do professor Jorge Lorenzetti.
Bargas afirmou que seu papel se restringiu a uma fase posterior à negociação. Teria cuidado apenas da entrega dos documentos à Justiça antes da divulgação da entrevista dos Vedoin. "O objetivo do declarante [Bargas] junto aos Vedoin sempre foi tratar de assuntos visando à realização da entrevista que já havia sido acertada anteriormente. Quem tratou desses assuntos antes do declarante com os Vedoin foi Expedito, a pedido de Jorge Lorenzetti". (RV)


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