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São Paulo, terça-feira, 04 de novembro de 2003

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Furlan vê oportunidades de investimento

DA ENVIADA ESPECIAL A LUANDA

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, deu dois motivos ontem para a investida do Brasil na África, especialmente em Angola: um político, pela aproximação do governo Lula com os países pobres, e outro econômico, pela oferta de oportunidades que o país representa.
"Sem dúvida Angola é um país promissor. Tudo está para ser construído aqui, e o país merece uma melhoria da linha de crédito", disse Furlan, que se integrou ontem à comitiva de outros nove ministros e dois secretários que acompanham o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à África.
O país, chamado de "rico" pelas autoridades brasileiras, por causa do petróleo, lembra os países latino-americanos: Luanda, por exemplo, tem uma pequena ilha desenvolvida cercada de miséria por todos os lados. A violência de Luanda é famosa no mundo.
Furlan lembrou a devastação do país depois da guerra da independência de Portugal e a longa guerra civil entre grupos políticos do país, que afetaram sobretudo a infra-estrutura angolana.
Hoje, o presidente da Infraero, Carlos Wilson, deverá assinar acordo para treinar pessoal e modernizar o aeroporto de Luanda. O objetivo é, a médio ou longo prazo, passar também a operá-lo.
Segundo Furlan, as oportunidades são em vários setores, desde a operação de aeroportos, passando pelas telecomunicações e toda a tecnologia do Brasil na área social, como educação e saúde. Um vídeo do Itamaraty, apresentado no encontro de empresários dos dois países, vende o Brasil como uma espécie de paraíso tecnológico, mostrando aviões e carros.
Os investimentos brasileiros em Angola são diversificados. Incluem, por exemplo, um ambicioso projeto de treinamento de professores e de construção de escolas -o "Educação para Todos".
Apesar dos discursos de Lula e de Furlan, o assessor e representante do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Márcio Aita, disse, no encontro de empresários brasileiros e angolanos, que não há a intenção de esticar nenhuma linha de crédito fixa para empresas interessadas em investir em Angola. Segundo ele, o banco analisará "projeto a projeto".


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