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MPF pede prorrogação
de prisão temporária
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Federal
pediu ontem à desembargadora
federal Therezinha Cazerta a
prorrogação por mais cinco dias
da prisão temporária das oito pessoas que foram recolhidas à cadeia pela Polícia Federal na última
quinta-feira.
O objetivo dos procuradores da
República é evitar que essas pessoas sejam soltas, já que a prisão
temporária decretada na semana
passada venceria no início da madrugada de hoje.
Até o fechamento desta edição,
o TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região (em São Paulo)
não havia divulgado a decisão da
desembargadora sobre o pedido.
A decisão sobre o pedido de prisão preventiva do juiz João Carlos
da Rocha Mattos somente será tomada pelo órgão especial do TRF
(composto pelos 18 desembargadores mais antigos do tribunal),
que também decidirá sobre a
transformação das demais prisões temporárias em preventivas.
Antes de o TRF decidir sobre o
assunto, porém, Rocha Mattos terá um prazo de 15 dias úteis para
apresentar uma defesa prévia. O
prazo começa a ser contado da
data do recebimento da intimação, que deverá ocorrer hoje.
O órgão especial também deverá apreciar as denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal contra 12 pessoas, entre elas
Rocha Mattos e os juízes Ali e Casem Mazloum. Caso a denúncia
seja recebida formalmente, eles
passarão a ser réus em processo
penal. Mas o juízes também têm o
prazo de 15 dias para apresentar a
defesa prévia.
A próxima reunião ordinária do
órgão especial do TRF está marcada para 13 de novembro, uma
quinta-feira. Mas o Ministério Público espera que a presidência do
TRF convoque uma reunião extraordinária para discutir a eventual aplicação de sanções administrativas contra os juízes. Rocha
Mattos, por exemplo, poderá ser
afastado do cargo. Ele tem dito
que pretende tirar férias e que, depois, quer se aposentar.
Apesar de serem acusados de
vender sentenças, os três juízes
continuam trabalhando. Eles proferem decisões sobre a prisão e a
libertação de réus federais.
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