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CAMPO MINADO
Diolinda, o marido e mais 9 lideranças obtiveram habeas corpus do TJ
Mulher de Rainha é libertada em SP
DA AGÊNCIA FOLHA
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A Segunda Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça de São Paulo
concedeu ontem habeas corpus
ao líder do MST José Rainha Jr., à
mulher dele, Diolinda Alves de
Souza, e a Felinto Procópio dos
Santos, o Mineirinho, todos condenados à prisão por formação de
quadrilha no dia 10 de setembro.
Rainha, no entanto, acumula
uma condenação por porte ilegal
de armas -dada no dia 30 de julho em primeira instância- e
continuará preso na penitenciária
de Dracena (647 km a noroeste de
São Paulo). Ele está detido preventivamente desde o dia 11 de julho, junto com Mineirinho, acusados de furto por determinação
do juiz da comarca de Teodoro
Sampaio (672 km a oeste de São
Paulo), Atis de Araújo Oliveira.
Diolinda estava presa na cadeia
de Piquerobi (615 km a oeste de
São Paulo) desde o dia 10/9. Foi
solta por volta das 19h. "Saio convicta, confiante e fortalecida de
tudo aquilo que eu faço e vou continuar fazendo", disse Diolinda,
após sair da cadeia. Ela carregava
no colo sua filha Sofia, 2, que foi
levada por uma amiga da família.
A decisão da Justiça beneficia
também oito líderes do MST condenados no mesmo processo e
que estavam foragidos.
O habeas corpus concedido pelo TJ permite aos líderes do MST
aguardar em liberdade o julgamento do recurso contra a condenação. Segundo um dos advogados dos sem-terra, Juvelino José
Strozake, o julgamento do recurso pode levar até cinco anos.
Para Strozake, a decisão do TJ
"desautoriza o juiz Atis de Araújo
Oliveira a continuar com os decretos [de prisão] sem fundamento" contra os integrantes do MST.
O juiz disse, por meio de sua secretária, que não daria entrevista.
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