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União libera em três parcelas R$ 1,95 bi a Estados e municípios
Repasse federal é para compensar as perdas geradas pela Lei Kandir, que assegura benefícios fiscais a exportadores
Quanto maior o volume de exportações e menor o de importações, mais recursos receberá cada Estado; em 1º lugar está SP, com 12,4%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal autorizou
ontem a liberação de R$ 1,95 bilhão para Estados e municípios
para compensar perdas geradas pela Lei Kandir, que desonerou as exportações. A medida provisória foi publicada no
"Diário Oficial" da União.
Quanto maior o volume de
exportações e menor o de importações, mais recursos receberá cada Estado. Esses índices
vieram fixados na medida provisória. São Paulo aparece em
primeiro lugar, com 12,4%; seguido do Pará, com 10,8%; e do
Paraná, com 9,1%.
O dinheiro será liberado em
três parcelas. A primeira, no valor de R$ 975 milhões, está prevista para os próximos dez dias.
As outras duas, de R$ 487,5 milhões cada uma, deve sair a partir deste mês. A liberação já estava acertada, mas foi suspensa
devido ao processo eleitoral.
Esses recursos serão deduzidos das dívidas com a União. Do
total que caberá a cada Estado,
25% serão repassados aos municípios. Os governadores fazem pressão, todos os anos, para que a União coloque no Orçamento recursos para ressarcir os Estados pelas perdas com
a Lei Kandir, que assegura benefícios fiscais aos Estados exportadores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer reunir os governadores eleitos para discutir a
aprovação de projetos no Congresso, como as reformas tributária e política.
Como os governadores têm
influência sobre as bancadas de
parlamentares de seus Estados,
a estratégia de Lula é angariar
apoio no Congresso Nacional
para a aprovação de matérias
consideradas importantes pelo
governo.
Em outubro, O Senado aprovou o quinto adiamento no prazo para que as empresas deixem de recolher o ICMS (Imposto Estadual sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
sobre insumos como energia
elétrica e telecomunicações
usados em produtos para exportação. O benefício, que devia vigorar desde 1998, só passará a valer em 2011. O projeto
precisa passar pela Câmara e
pela sanção presidencial.
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