DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Passada a eleição, o MST divulgou um documento em que pede o "enfrentamento" contra os "interesses dos poderosos" que monopolizam terras, comunicações e o sistema financeiro.
O movimento, que durante a eleição deu uma trégua nas invasões, divulgou uma carta em que faz um balanço da campanha -com apoio envergonhado a Lula- e define agenda para o futuro.
"Assegurado mais um mandato para o governo Lula, é hora de cobrar e exigir as mudanças políticas que atendam aos interesses do povo", diz o comunicado. "[As mudanças] exigem uma ruptura com a política econômica neoliberal e um enfrentamento com os poderosos interesses dos que monopolizam as terras, as comunicações e o sistema financeiro", afirma, sem esclarecer que tipo de "enfrentamento" seria esse.
O MST optou, no primeiro turno, pelo apoio "crítico" a Lula, mas proibiu os militantes de fazer campanha. A entidade reclama do ritmo de assentamentos -Lula deve chegar ao fim de 2006 com menos de 400 mil famílias assentadas. Esperava-se 1 milhão. (FÁBIO ZANINI)


Texto Anterior: União libera em três parcelas R$ 1,95 bi a Estados e municípios
Próximo Texto: Análise: Canudos e os novos territórios lulistas
Índice