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JUSTIÇA
Kandir e Jungmann podem ter julgamento privilegiado em ação de improbidade
Foro pode beneficiar ex-ministros
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ex-ministros Raul Jungmann (Política Fundiária) e Antonio Kandir (Planejamento) poderão vir a se beneficiar da ampliação do foro privilegiado para autoridades públicas em ações de
improbidade administrativa.
Na semana passada, a Advocacia Geral da União entrou com
duas reclamações no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo
que sejam estendidos a Jungmann e Kandir os mesmos benefícios que foram reivindicados para o ministro Ronaldo Sardenberg (Ciência e Tecnologia).
Cinco dos onze ministros do
STF já votaram pela ampliação da
proteção a autoridades, ao julgar
reclamação que envolve Sardenberg, condenado em primeira instância à perda da função pública e
à suspensão dos direitos políticos,
sob acusação de uso de aviões da
FAB (Força Aérea Brasileira) para
passeio particular. Jungmann e
Kandir também foram acusados
de usar aviões oficiais para lazer.
A AGU pede o arquivamento
das ações de improbidade contra
Jungmann e Kandir ou que os ex-ministros sejam julgados pelo
STF. Se aceita a segunda hipótese,
a medida ressuscitaria a Súmula
394, extinta pelo STF em 1999, que
previa o foro privilegiado para ex-ocupantes de cargos públicos.
Em outra reclamação no STF, o
ministro Pedro Malan (Fazenda)
obteve liminar do ministro Gilmar Mendes, suspendendo decisão de primeira instância que o
condenara a ressarcir pagamento,
com recursos públicos, a correntistas de bancos que sofreram intervenção em 1995.
Mendes seguiu a linha adotada
pelo ministro Nelson Jobim, ao
concluir que atos de improbidade
administrativa de agentes políticos qualificam-se como crime de
responsabilidade, devendo ser
julgados pelo STF.
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