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Governo apresentará projeto a novo Congresso
da Sucursal de Brasília
O governo deverá apresentar em
fevereiro um projeto de lei que institui a cobrança de contribuição
previdenciária dos servidores públicos aposentados e dos pensionistas da União e aumentar a contribuição dos funcionários na ativa. Essa combinação foi considerada pelos governistas o principal
motivo da derrota de anteontem
no Congresso.
O anúncio foi feito ontem pelo líder do governo no Congresso, senador José Roberto Arruda
(PSDB-DF), depois de almoçar
com o presidente Fernando Henrique Cardoso. O projeto de lei será
votado pelos parlamentares que
vão compor o próximo Congresso
a partir de 1º de fevereiro.
"A mistura não foi positiva. Inicialmente, todos resistimos, mas
aceitamos", afirmou Arruda. Aliados dissidentes declararam ontem
que votariam a favor da medida
provisória rejeitada na noite de anteontem se a cobrança dos inativos
não tivesse sido incluída.
Os líderes aliados desconheceram vários sinais de que o governo
poderia ser derrotado na noite de
anteontem e apostaram na votação, que exigia apenas o apoio da
maioria dos presentes na sessão.
"Governo que não consegue vencer uma votação que precisa apenas da maioria simples não pode
vencer nada", disse Arruda, um
dos líderes que insistiram em votar
a MP na noite de quarta passada.
"Perdemos porque erramos em
tudo. Foram vários pequenos erros. Ninguém (governistas) pode
ficar isento. Todos nós erramos",
avaliou o líder do PFL na Câmara,
Inocêncio Oliveira (PE).
O governo conseguiu 187 votos
favoráveis. O placar registrou 205
votos contrários e 7 abstenções.
Depois da derrota do governo no
Congresso, FHC disse a líderes governistas que esperava que a decisão dos parlamentares não fizesse
as Bolsas caírem. O presidente afirmou que o momento é "grave" e os
parlamentares deveriam ter consciência disso.
"Nunca vi o presidente tão irritado, tão preocupado", disse Arruda, que participou do encontro.
Líderes governistas e de oposição consideram que pesou na decisão de anteontem o fato de a Câmara já ter rejeitado a cobrança
previdenciária dos inativos por
quatro vezes nos últimos quatro
anos.
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