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Presidente da
OAB defende
limite de 60
dias para MPs
da Sucursal de Brasília
O presidente da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), Reginaldo de Castro, defendeu ontem
a limitação da validade das medidas provisórias a 60 dias, sem possibilidade de reedição.
Castro criticou o uso excessivo
de MPs e disse que o ideal seria
que esse instrumento nem existisse. "É lamentável que ainda tenhamos de conviver com esse vírus, que tem dilacerado o sistema
democrático brasileiro."
Segundo ele, "a imposição de
um freio" pelo Congresso ao uso
das medidas já representará um
passo importante.
Esse assunto foi discutido na última reunião da entidade, em dezembro.
O Congresso Nacional deverá
apreciar, durante a convocação
extraordinária, que começa hoje,
um projeto de emenda constitucional que restringe o poder de
edição de medidas provisórias pelo presidente da República.
Pelo projeto em pauta, essas
medidas terão validade de 60 dias
e poderão ser reeditadas apenas
uma vez. Hoje, elas vigoram por
30 dias e podem ser reeditadas indefinidamente.
Usurpação
O presidente da OAB disse que
o Poder Executivo usurpa função
do Congresso ao editar medida
provisória, por exemplo, para alterar prazos de processos judiciais.
"É um desrespeito total, um verdadeiro abuso o fato de as MPs
não estarem restritas aos casos de
urgência e relevância, como determina a Constituição", afirmou
Castro.
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