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memória
Juiz ficou famoso por caso Pinochet
DA REDAÇÃO
O juiz espanhol Baltasar
Garzón, 52, se notabilizou
por pedir a prisão e a extradição do ditador chileno Augusto Pinochet, que
morreu em dezembro de
2006, aos 91 anos. Após o
pedido de Garzón, o debate sobre a impunidade dos
ditadores latino-americanos ganhou força.
Em 1998, oficiais ingleses acordaram Pinochet
em seu leito numa clínica
de Londres, onde ele se recuperava de uma cirurgia,
para informá-lo de que estava preso por ordem do
juiz espanhol.
Garzón pedia a extradição para que ele respondesse sobre assassinatos e
desaparecimentos de cidadãos espanhóis sob seu
governo. Pinochet foi libertado em 2000, depois
de o governo britânico assumir que sua saúde era
precária para enfrentar
processos judiciais.
Garzón também liderou
outros casos de violação
aos direitos humanos contra cidadãos espanhóis durante os governos militares da América Latina.
Antes do caso Pinochet,
o juiz já era muito conhecido na Espanha. Ganhou
notoriedade perseguindo
o grupo separatista basco
ETA e revelando grandes
escândalos políticos.
Foi ele quem conduziu o
caso GAL (Grupos Antiterroristas de Libertação),
que mostrou a conexão
entre o governo socialista
de Madri e as ações contra
o ETA na década de 80. Especialista também em terrorismo, Garzón recomendou o fim dos paraísos
fiscais, entre outras medidas, para impossibilitar
crimes transnacionais.
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