São Paulo, sábado, 05 de janeiro de 2008

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memória

Juiz ficou famoso por caso Pinochet

DA REDAÇÃO

O juiz espanhol Baltasar Garzón, 52, se notabilizou por pedir a prisão e a extradição do ditador chileno Augusto Pinochet, que morreu em dezembro de 2006, aos 91 anos. Após o pedido de Garzón, o debate sobre a impunidade dos ditadores latino-americanos ganhou força.
Em 1998, oficiais ingleses acordaram Pinochet em seu leito numa clínica de Londres, onde ele se recuperava de uma cirurgia, para informá-lo de que estava preso por ordem do juiz espanhol.
Garzón pedia a extradição para que ele respondesse sobre assassinatos e desaparecimentos de cidadãos espanhóis sob seu governo. Pinochet foi libertado em 2000, depois de o governo britânico assumir que sua saúde era precária para enfrentar processos judiciais.
Garzón também liderou outros casos de violação aos direitos humanos contra cidadãos espanhóis durante os governos militares da América Latina.
Antes do caso Pinochet, o juiz já era muito conhecido na Espanha. Ganhou notoriedade perseguindo o grupo separatista basco ETA e revelando grandes escândalos políticos.
Foi ele quem conduziu o caso GAL (Grupos Antiterroristas de Libertação), que mostrou a conexão entre o governo socialista de Madri e as ações contra o ETA na década de 80. Especialista também em terrorismo, Garzón recomendou o fim dos paraísos fiscais, entre outras medidas, para impossibilitar crimes transnacionais.


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