São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Medo de restrições é obstáculo para americanos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Superar o medo natural dos brasileiros de comprar um equipamento que pode sofrer restrições de uso no futuro. Esse é o principal obstáculo que a Boeing, maior empresa aerospacial do mundo, tem com seu Super Hornet no F-X2.
Há vários casos em que o Congresso ou o governo norte-americanos determinaram embargos à venda de componentes militares depois de ter fornecido o produto principal, causando a inutilização progressiva desses. Os caças F-16 da Venezuela são apenas o exemplo mais recente -o país teve de buscar uma alternativa, comprando material russo.
Mas segundo Bob Gower, vice-presidente da Boeing responsável pelo programa do F-18, isso será diferente no caso de seu avião ser selecionado porque a oferta está sendo feita sob o chamado FMS (sigla inglesa para Venda Militar Estrangeira), um programa no qual o garantidor do processo é o governo norte-americano.
"O Super Hornet oferecido ao Brasil tem a autorização e apoio do governo dos EUA", disse Gower. Mas há risco de veto futuro? "Isso é uma venda governo-governo, logo a Boeing não pode oferecer garantias contratuais. Mas nós reconhecemos a preocupação do Brasil, e a Boeing deverá propor um programa de suporte e manutenção totalmente autônomo, e assim a disponibilidade e confiabilidade do sistema estará sob controle da FAB." (IG)


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