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Medo de restrições é obstáculo para americanos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Superar o medo natural dos
brasileiros de comprar um
equipamento que pode sofrer
restrições de uso no futuro. Esse é o principal obstáculo que a
Boeing, maior empresa aerospacial do mundo, tem com seu
Super Hornet no F-X2.
Há vários casos em que o
Congresso ou o governo norte-americanos determinaram embargos à venda de componentes militares depois de ter fornecido o produto principal,
causando a inutilização progressiva desses. Os caças F-16
da Venezuela são apenas o
exemplo mais recente -o país
teve de buscar uma alternativa,
comprando material russo.
Mas segundo Bob Gower, vice-presidente da Boeing responsável pelo programa do
F-18, isso será diferente no caso
de seu avião ser selecionado
porque a oferta está sendo feita
sob o chamado FMS (sigla inglesa para Venda Militar Estrangeira), um programa no
qual o garantidor do processo é
o governo norte-americano.
"O Super Hornet oferecido
ao Brasil tem a autorização e
apoio do governo dos EUA",
disse Gower. Mas há risco de
veto futuro? "Isso é uma venda
governo-governo, logo a Boeing
não pode oferecer garantias
contratuais. Mas nós reconhecemos a preocupação do Brasil,
e a Boeing deverá propor um
programa de suporte e manutenção totalmente autônomo, e
assim a disponibilidade e confiabilidade do sistema estará
sob controle da FAB."
(IG)
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