|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ministro já reclamava do
MST em 2002
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Não é a primeira vez que o
ministro Roberto Rodrigues
(Agricultura) defende o direito
de produtores de protegerem
fazendas e critica indiretamente invasões do MST.
Em artigo publicado em março de 2002, Rodrigues diz que
há preconceito do Judiciário
contra agricultores, fruto de
imagem distorcida que "pintou
o produtor de chorão, incompetente, indolente, caloteiro,
destruidor do meio ambiente,
coronel...".
"Sob a respeitável, mas discutível, bandeira da reforma
agrária, violências de toda ordem têm sido cometidas por
invasores que destroem impunemente o patrimônio público
ou privado, proprietários que,
por não terem seus direitos garantidos, acabam se armando
para se defenderem, forças policiais que não cumprem a lei
ou cumprem arbitrariamente,
governos que sobem no muro
para não se desgastarem, acadêmicos que se posicionam ao
sabor das ideologias. E os verdadeiros problemas da reforma agrária não são discutidos
seriamente", diz o artigo "Justiça Agrária".
Publicado na revista "Agroanalysis", quando Rodrigues
ainda era presidente da Abag
(Associação Brasileira de Agribusiness), o texto faz críticas ao
funcionamento do Judiciário
em relação à agricultura e cobra uma legislação mais clara.
O ministro assumiu a Abag
em 99 e deixou o cargo para entrar no governo. A entidade
reúne 45 grandes empresas e
cooperativas ligadas ao setor de
agribusiness, como de fertilizantes, biotecnologia. "Roubo
de gado, defensivos e máquinas
vão se avolumando e ninguém
defende os produtores."
(LUCIANA CONSTANTINO)
Texto Anterior: Tensão no campo: Uso de arma contra MST divide ministros de Lula Próximo Texto: Rodrigues admite "escorregão" Índice
|