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São Paulo, sábado, 05 de julho de 2003

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Ministro já reclamava do MST em 2002

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Não é a primeira vez que o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) defende o direito de produtores de protegerem fazendas e critica indiretamente invasões do MST.
Em artigo publicado em março de 2002, Rodrigues diz que há preconceito do Judiciário contra agricultores, fruto de imagem distorcida que "pintou o produtor de chorão, incompetente, indolente, caloteiro, destruidor do meio ambiente, coronel...".
"Sob a respeitável, mas discutível, bandeira da reforma agrária, violências de toda ordem têm sido cometidas por invasores que destroem impunemente o patrimônio público ou privado, proprietários que, por não terem seus direitos garantidos, acabam se armando para se defenderem, forças policiais que não cumprem a lei ou cumprem arbitrariamente, governos que sobem no muro para não se desgastarem, acadêmicos que se posicionam ao sabor das ideologias. E os verdadeiros problemas da reforma agrária não são discutidos seriamente", diz o artigo "Justiça Agrária".
Publicado na revista "Agroanalysis", quando Rodrigues ainda era presidente da Abag (Associação Brasileira de Agribusiness), o texto faz críticas ao funcionamento do Judiciário em relação à agricultura e cobra uma legislação mais clara.
O ministro assumiu a Abag em 99 e deixou o cargo para entrar no governo. A entidade reúne 45 grandes empresas e cooperativas ligadas ao setor de agribusiness, como de fertilizantes, biotecnologia. "Roubo de gado, defensivos e máquinas vão se avolumando e ninguém defende os produtores."
(LUCIANA CONSTANTINO)


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