São Paulo, terça-feira, 05 de julho de 2005 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Dominó
- Boa tarde. O secretário-geral Silvio Pereira
acaba de entregar uma carta pedindo seu afastamento do PT
até o fim das investigações da
CPI dos Correios. Mas não é só de petistas que se faz a cobertura, descobriram os telejornais à noite. Da escalada de manchetes do "JN", sobre um pefelista: - Senador cruza dados e afirma que Valério sacou dinheiro perto de votações em que governo saiu vitorioso. De volta ao PT, abrindo o "Jornal da Record": - Crise política. A oposição quer que Genoino e Delúbio expliquem na CPI suas ligações com Valério. De tudo o que falou a oposição, o mais curioso foi Arthur Virgílio, que surgiu na Jovem Pan se dizendo -e soando- "triste" por ver José Genoino em tal situação. Quanto à tristeza e depressão dos petistas, alguns ameaçam trocar por coisa pior. De editorial do Carta Maior, contra o "conselho" de FHC para Lula desistir da reeleição: - À oposição não interessa um impeachment que arrisca deslocar Lula da condição de acuado para uma privilegiada condição de vítima, tornando-o capaz de mobilizar os setores populares. E tome, de novo, o espectro da "tentativa de golpe de 54". Aliás, aceitar o "cálice envenenado de FHC seria suicídio". NA MANCHETE
Sob o enunciado "Escândalo de levantamento de fundos no Brasil põe pressão sobre Lula", lá estava a crise brasileira na manchete do site americano do "Financial Times", ontem no final da tarde. Raymond Colitt, correspondente estrangeiro que segue com mais atenção o caso, relatou como a crise "se intensificou" com as novas denúncias que "ameaçam figuras próximas ao presidente": - Cobertura total de mídia, incluindo várias transmissões de inquéritos parlamentares sobre as acusações de corrupção em estatais e um suposto esquema de compra de apoio dos legisladores, deixaram o governo de Mr. Lula da Silva em seu ponto de maior fraqueza desde que ele chegou ao poder, em janeiro de 2003. E tome Marcos Valério, Delúbio Soares, Silvio Pereira -e opiniões de petistas como Cristóvam Buarque e Ivan Valente e de cientistas políticos diversos. NADA A VER
E agora tem o PMDB, antes resguardado por Roberto Jefferson. Depois da denúncia de Fernanda Karina ao "Fantástico", o líder José Borba virou cabo de guerra de governistas e oposicionistas -e assunto para analistas brasilienses. Em três telejornais da Globo, três opinaram (Alexandre Garcia, Franklin Martins, Cristiana Lôbo). Mas o melhor estava no Blog do Moreno: - Aparecem na reportagem do "Fantástico" imagens do referido deputado debaixo de uma fotografia de Ulysses Guimarães. Como amigo e ex-assessor de Ulysses Guimarães, esclareço, sem demérito para ninguém, que o atual PMDB nada tem a ver com Ulysses. Texto Anterior: Petrobras dispõe de R$ 202 mi este ano para propaganda Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Rumo a 2006: Crise faz Lula avaliar desistência da reeleição Índice |
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