DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

O médico João Francisco Daniel, irmão do prefeito assassinado Celso Daniel (PT), estuda meios para processar o coordenador da campanha presidencial petista Gilberto Carvalho, ex-secretário de Governo de Santo André, por este ter entregue à CPI e à imprensa um documento "falsificado".
O documento, que Gilberto distribuiu depois de seu depoimento à CPI, foi apontado por ele como sendo "um lobby pela Expresso Guarará [dos Gabrilli]". Gilberto disse que o documento havia sido entregue a ele pelo médico com manuscritos "provavelmente" dele.
"É uma mentira: nunca vi esse documento. Mas a letra é minha, e o documento é uma montagem de anotações coladas em um papel que jamais vi. É uma falsificação", disse o médico. Segundo ele, há um cópia com seus advogados e outra com o Ministério Público.
Ontem, os vereadores da CPI mostraram ao médico o documento. "Avisei aos vereadores que já tinha uma cópia e estava tomando providências jurídicas contra essa falsificação."

Outro lado
De acordo com Gilberto Carvalho, o documento que encaminhou à CPI é "exatamente o original" que lhe foi entregue por João Francisco Daniel.
"Era o meu dever de ofício entregar à CPI. Se ele hoje se arrepende ou nega o lobby que fez para a empresa [Expresso Guarará], o problema é dele."
Segundo o coordenador petista, cabe à CPI, se for o caso, providenciar exame do documento. "A Justiça pode fazer o exame que quiser."


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