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Propaganda de Alckmin que faz crítica a Lula é proibida pelo TSE
Inserção que vincula a crise política à imagem do presidente seria "ofensiva"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) Marcelo Ribeiro proibiu a campanha do
candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) de reapresentar uma propaganda eleitoral em que ataca o presidente e
candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva.
Trata-se de inserção veiculada às 19h15 da última sexta-feira. Ela mostra Lula na campanha de 2002 afirmando que o
PT cresce a cada eleição porque
sabe governar. Em seguida, o
locutor diz: "Mensalão, Waldomiro, caixa dois no PT, corrupção nas estatais, dólar na cueca,
máfia das ambulâncias. O Brasil vive a maior crise de corrupção da história. E você ainda
acredita no Lula?"
Relator de representação de
Lula contra Alckmin, Ribeiro
viu nessa propaganda ofensa ao
petista, por causa da relação estabelecida entre a atual crise
política e a imagem de Lula. "A
vinculação da afirmada "maior
crise de corrupção da sua história" à credibilidade do atual presidente me parece, em um juízo
provisório, ofensiva", disse, ao
conceder liminar a Lula.
Desde a semana passada,
quando o tucano mudou o tom
da campanha e passou a criticar
Lula no seu horário gratuito na
televisão, o TSE concedeu outras duas liminares proibindo
trechos da propaganda eleitoral de Alckmin. As decisões anteriores impedem que ele reapresente o trecho final de dois
programas em bloco, veiculados na terça e na quinta-feira
passadas.
Nesses casos, os ministros
Marcelo Ribeiro e Carlos Alberto Menezes Direito não viram ofensa ao presidente Lula,
mas irregularidade por falta de
identificação dos partidos que
integram a coligação de Alckmin (PSDB-PFL).
Os três casos ainda não foram julgados pelo plenário.
Por sua vez, o presidente Lula tem sofrido sucessivas condenações do TSE, ligadas a "invasão" do horário eleitoral de
candidatos petistas e aliados a
governador.
(SILVANA DE FREITAS)
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