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Governo planeja usar debate para rachar oposição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao ressuscitar no debate
do pré-sal a discussão sobre
estatização e privatização, o
governo aposta num racha
da oposição na votação dos
projetos do marco regulatório enviados ao Congresso.
A avaliação é que PSDB e
PPS tendem a se dividir, sobretudo na discussão sobre o
modelo de exploração do petróleo: o de concessão, proposto no governo Fernando
Henrique Cardoso e vigente
até hoje, ou o de partilha,
proposto para o pré-sal.
Por ora o discurso mais
crítico sobre o mérito das
propostas do governo está
concentrado no DEM. O
PSDB insiste na bandeira de
que os projetos não podem
ser votados com a urgência
pedida por Lula. Mas, sobre o
mérito, as reações até agora
foram cautelosas. Há divisão
também na base do governo.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE),
afirma que "o partido não
tem compromisso com qualquer modelo, precisamos de
tempo para discutir".
A briga em torno do papel
do Estado foi utilizada para
abalar a campanha tucana no
segundo turno da eleição de
2006. À época, o PT obteve
vantagem ao insinuar que
Geraldo Alckmin (PSDB)
privatizaria estatais, como
Banco do Brasil e Petrobras.
Embora, nos bastidores,
admita reflexos nas votações
do pré-sal, a oposição rejeita
a tese de que o debate possa
ser estendido até 2010. "A
história não se repete. Não
vamos cair nisso, não dá para
ficar neste reducionismo barato", disse o líder do PSDB
na Câmara, José Aníbal (SP).
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