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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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Fome Zero pode ajudar superávit

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Programa Fome Zero registrou mais de R$ 4,5 milhões de doações, mas é possível que parte do dinheiro engorde a economia do governo destinada ao pagamento de juros da dívida pública.
Até o final de agosto, parte dos programas bancados com o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, que recebe as doações, ainda estava na estaca zero. Das verbas destinadas ao fundo pela lei orçamentária, menos de 41% haviam sido gastas, faltando quatro meses para o fim do ano.
Esse é o caso de investimentos em saneamento do Ministério das Cidades, além de programas de infra-estrutura em abastecimento de água do Ministério da Integração Nacional e de despoluição de rios do Ministério do Meio Ambiente. Outros projetos só tiveram uma pequena parcela do dinheiro liberado -como o que deveria levar energia a pequenas cidades.
O fundo banca alguns programas de transferência de renda aos pobres, como o Bolsa-Escola, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e o Agente Jovem. Eles consumiram a maior fatia das verbas do fundo em 2003.
Dos R$ 4,9 bilhões destinados originalmente ao Fundo de Erradicação e Combate à Pobreza pelo Orçamento da União, já houve um corte de R$ 645 milhões por conta do ajuste fiscal. Até a última sexta-feira de agosto, havia sido liberado R$ 1,9 bilhão. (MS)


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