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Liberação ocorre 11 dias após governo ter bloqueado gastos de R$ 1,6 bilhão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A decisão de liberar R$ 1,5 bilhão do Orçamento acontece
exatos 11 dias depois de o governo ter bloqueado R$ 1,6 bilhão
de gastos previstos para 2006.
Essa contradição, segundo o
ministro do Planejamento,
Paulo Bernardo, é resultado de
dificuldades técnicas.
Para ele, no dia 23 de setembro, quando anunciou os cortes, o governo ainda não tinha
definido os projetos que teriam
seu orçamento reforçado. "Isso
só foi definido esta semana",
garantiu. Os recursos para o aumento de gastos, no entanto, já
estavam no caixa do governo
desde o ano passado: R$ 1,3 bilhão de excesso de arrecadação
de 2005.
Outros R$ 191 milhões vieram do cancelamento de despesas nos ministérios dos
Transportes e de Minas e Energia. Segundo Bernardo, o dinheiro que estava em caixa não
foi usado para evitar o corte de
gastos porque o governo já sabia que teria que liberar recursos para alguns ministérios
agora. Apesar dos gastos, ele
disse que não haverá redução
no superávit primário: a meta
continua em 4,25% do PIB.
Críticas
Senadores da oposição consideraram "eleitoreira" a decisão. Para Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) a medida devia
ser proibida pelo TSE. "É uma
vergonha. A liberação ocorreu
para que as empreiteiras dêem
comissão para as campanhas
do PT", disse ele.
"Edição de medida provisória a essa altura do segundo turno no mínimo cheira mal. Que
urgência é essa?", questionou o
líder do PFL, senador José
Agripino (RN).
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