DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diferentemente de todos os outros 16 ministros que foram ontem à casa de Hélio Costa (Comunicações), Jorge Hage (Controladoria Geral da República) usou o carro oficial do órgão para ir à reunião que discutiu a participação dos ministros na eleição do segundo turno.
Como se tratava de um evento de caráter político-eleitoral, os ministros fizeram questão de descaracterizar o encontro como uma reunião de governo, o que poderia resultar em acusação de uso da máquina administrativa com fins políticos.
"Viemos aqui na hora do almoço, como militantes políticos e defensores da candidatura do presidente Lula", disse Tarso Genro, das Relações Institucionais, ao sair da casa de Hélio Costa.
Hage foi convidado para esclarecer como os ministros podem participar da campanha sem sofrer a acusação de que estão usando a máquina para beneficiar Lula. Ele ficou de dar uma resposta sobre assunto até amanhã.
O ministro da CGU saiu do local sem falar com os jornalistas. No final da tarde, a Folha o procurou para ele explicar o uso do carro oficial.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Hage disse que "não há vedação legal" que o proíba de usar o carro, pois não se trata de um veículo "a serviço do ministério". "É um carro de representação pessoal para deslocamento em todo o Distrito Federal."


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