São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

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Tucano não acha tom para criticar prefeito do DEM

DA REPORTAGEM LOCAL

A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) na TV variou momentos propositivos, de críticas a Marta Suplicy (PT) e à gestão Gilberto Kassab (DEM).
Na estréia, em 20 de agosto, o governador José Serra (PSDB) declarou apoio a Alckmin. Mas seu depoimento foi focado na trajetória do partido. "Eu e o Alckmin participamos da luta do PSDB."
Dois dias depois, Alckmin subiu o tom nos ataques a Kassab, especialmente na área da saúde, pasta comandada por Januário Montone, homem de confiança de Serra.
O PSDB serrista reagiu e criticou o programa. Uma semana após a estréia, nova mudança de rumo, com o mote "campanha limpa". O tucano apontou "problemas da cidade", sem relacioná-los diretamente à gestão kassabista. Colocou ainda no ar o "sofá da Lu", sua mulher, quadro que durou apenas um episódio.
Em setembro, o marqueteiro Lucas Pacheco deixou o cargo, e Alckmin estreou nova fase, atacando diretamente Kassab, a quem acusou de "abandonar o projeto do PSDB".
A idéia era repetir contra Kassab a estratégia de Mario Covas em 1998, quando o então governador fez uma "cruzada ética" contra Paulo Maluf (PP).
Alckmin chegou a declarar que a indicação de Kassab para vice-prefeito em 2004 teria sido contra a vontade de Serra, que divulgou nota destacando qualidades de Kassab. A decisão dos alckmistas foi abrandar o tom para "esfriar" os ânimos.
Na reta final da campanha, ao colocar sua família na TV, Alckmin declarou ser o único com condições de derrotar o PT.


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