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Eduardo Paes, favorito no Rio, foi quem mais fez promessas
ITALO NOGUEIRA
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O eleitorado tende a confirmar hoje o candidato Eduardo
Paes (PMDB) como favorito à
Prefeitura do Rio na disputa do
segundo turno. Com o apoio do
governador e correligionário
Sérgio Cabral, o líder nas pesquisas marcou a campanha pela apresentação de promessas
variadas, que vão desde 62 novas unidades de saúde à transformação da cidade em capital
nacional da gastronomia.
Paes não foi o único candidato a fazer promessas, mas algumas suas causaram surpresa
pelo inusitado. Entre elas, a
criação de corredores turísticos
de tolerância zero e o atendimento domiciliar a idosos.
As propostas dos candidatos
foram parecidas e centradas,
quase sempre, em melhorias na
saúde. Todos prometeram melhorar a gestão do sistema, ampliar o Programa Saúde da Família, aumentar os salários dos
médicos e contratar novos profissionais. Mas ninguém prometeu tanto quanto Paes. Em 2
de setembro, ele anunciou até a
criação de três centros específicos para os obesos.
Dos quatro principais oponentes de Paes, apenas Fernando Gabeira (PV) não procurou
vincular-se ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Paes buscou sempre destacar a futura
"parceria inédita" de seu governo com as gestões estadual e federal. Marcelo Crivella (PRB) e
Jandira Feghali (PC do B)
anunciaram ter apoio de Lula.
Com votação muito semelhante nas três últimas eleições
de que participou, o senador
Crivella, bispo licenciado da
Igreja Universal do Reino de
Deus, iniciou a campanha com
o objetivo de diminuir a rejeição entre os mais ricos e escolarizados. O reduzido tempo de
TV o prejudicou. A rejeição não
caiu, mesmo com a contratação
do marqueteiro Duda Mendonça, que comandou a campanha
de Lula em 2002.
Ao final da campanha, Crivella voltou as atenções para as
áreas mais pobres, para tentar
ir para o segundo turno. Gabeira, por sua vez, mesmo com os
mais de quatro minutos na TV
-obtidos graças à aliança com
PSDB e PPS-, não conseguiu
reduzir a rejeição entre os mais
pobres e menos escolarizados.
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