São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

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Eduardo Paes, favorito no Rio, foi quem mais fez promessas

ITALO NOGUEIRA
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O eleitorado tende a confirmar hoje o candidato Eduardo Paes (PMDB) como favorito à Prefeitura do Rio na disputa do segundo turno. Com o apoio do governador e correligionário Sérgio Cabral, o líder nas pesquisas marcou a campanha pela apresentação de promessas variadas, que vão desde 62 novas unidades de saúde à transformação da cidade em capital nacional da gastronomia.
Paes não foi o único candidato a fazer promessas, mas algumas suas causaram surpresa pelo inusitado. Entre elas, a criação de corredores turísticos de tolerância zero e o atendimento domiciliar a idosos.
As propostas dos candidatos foram parecidas e centradas, quase sempre, em melhorias na saúde. Todos prometeram melhorar a gestão do sistema, ampliar o Programa Saúde da Família, aumentar os salários dos médicos e contratar novos profissionais. Mas ninguém prometeu tanto quanto Paes. Em 2 de setembro, ele anunciou até a criação de três centros específicos para os obesos.
Dos quatro principais oponentes de Paes, apenas Fernando Gabeira (PV) não procurou vincular-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Paes buscou sempre destacar a futura "parceria inédita" de seu governo com as gestões estadual e federal. Marcelo Crivella (PRB) e Jandira Feghali (PC do B) anunciaram ter apoio de Lula.
Com votação muito semelhante nas três últimas eleições de que participou, o senador Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, iniciou a campanha com o objetivo de diminuir a rejeição entre os mais ricos e escolarizados. O reduzido tempo de TV o prejudicou. A rejeição não caiu, mesmo com a contratação do marqueteiro Duda Mendonça, que comandou a campanha de Lula em 2002.
Ao final da campanha, Crivella voltou as atenções para as áreas mais pobres, para tentar ir para o segundo turno. Gabeira, por sua vez, mesmo com os mais de quatro minutos na TV -obtidos graças à aliança com PSDB e PPS-, não conseguiu reduzir a rejeição entre os mais pobres e menos escolarizados.


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