São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

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Timidez é desvantagem, afirma Fogaça

DA AGÊNCIA FOLHA,
EM PORTO ALEGRE
DO ENVIADO ESPECIAL
A PORTO ALEGRE

Aos 61 anos, nariz adunco, um tanto corcunda, cabelo rareando no topete e ralo no cocuruto, José Fogaça se mantém uma alma tolerante. Indagado sobre se alguém notou que ele está parecido com Woody Allen, cujo lay-out não é propriamente apolíneo, o prefeito sorri diante do insulto: "Quem dera, pelo menos de cabeça".
O riso de Fogaça é contido. Nos anos 1970, o professor que dava lições na TV sugeria mais felicidade. No debate de quinta e em um evento de campanha em um Centro de Tradições Gaúchas, na sexta, o candidato à reeleição passava por homem triste.
Impressão errada? "Trinta anos de vida pública transformam a pessoa. Fazem mudar atitudes. A idade também. Não sou um homem triste, sou tímido. A timidez em política é grande desvantagem. Mas a população dessa cidade me entende muito."
Um dos mais talentosos compositores gaúchos, gravado por notáveis da MPB, compôs um ano atrás a canção mais recente. Antes de deixar o CTG, anteontem, um cantor interpretou "Vento Negro", obra-prima de Fogaça.
Ao microfone, um locutor bradou: "A letra é do compositor Fogaça". Com determinação maior que no seu discurso de antes, ele disse: "Letra e música!"


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