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MARCO HISTÓRICO
Monumento foi reposto em local onde Marighella foi morto pela ditadura
Guerrilheiro é homenageado em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
O guerrilheiro Carlos Marighella, morto há exatos 35 anos,
foi homenageado ontem em São
Paulo com a recolocação da escultura de granito, que é o marco oficial de sua morte, no seu
local de origem -na altura do
número 815 da Alameda Casa
Branca, em São Paulo.
No local, Marighella, fundador da Ação Libertadora Nacional, foi morto no dia 4 de novembro de 1969, após uma emboscada do Dops (Departamento de Ordem Política e Social),
durante o regime militar.
A colocação do marco foi autorizada em 1999 pelo então
prefeito, Celso Pitta. Pouco depois, problemas com moradores que não aceitaram conviver
com a peça fizeram com que ela
ficasse guardada.
Projetada pelo arquiteto Marcelo Carvalho Ferraz, o monumento é uma pedra de granito,
com 400 kg e 1,5 m de altura,
com a inscrição: "Aqui tombou
Carlos Marighella, em 4/11/1969.
Assassinado pela ditadura militar". O secretário municipal de
Cultura, Celso Frateschi, reconheceu o direito dos moradores
que não concordam, mas afirmou que o monumento ficará
no local conforme prevê o decreto 38.569/99.
A companheira do guerrilheiro, Clara Charf, participou ontem da solenidade acompanhada pela neta Maria Marighella.
Clara defendeu a abertura dos
documentos da ditadura. "Há
muito o que ser explicado, não
só no caso do Marighella, mas
em relação as outras famílias."
O crítico literário Antonio
Candido também fez uma homenagem a Marighella. "Ele pagou o tributo mais alto e mais
nobre que um homem pode pagar que é dar a própria vida por
seus ideais. De maneira que é
justo que ele tenha se tornado
um grande símbolo coletivo."
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