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CÂMARA
Dois acusados na "farra aérea" são inocentados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A comissão de sindicância formada pela Corregedoria da Câmara para investigar a comercialização
ilegal de bilhetes aéreos
aprovou, por unanimidade, os dois relatórios que
absolvem os deputados
Paulo Roberto (PTB-RS) e
Eugênio Rabelo (PP-CE)
por participação no esquema conhecido como "farra
das passagens".
Um dos relatórios, o de
Marcelo Ortiz (PV-SP), no
entanto, recomendou a
abertura de processo por
quebra de decoro parlamentar no Conselho de
Ética contra Paulo Roberto por outro caso.
O deputado é suspeito
de manter em seu gabinete servidores fantasmas
-com salários de R$ 8.000
e R$ 3.000- e de ficar com
parte de seus salários. Há
acusações ainda de conivência por falsidade ideológica e movimentação
suspeita de funcionários.
Os relatórios têm de ser
aprovados pela Mesa da
Câmara, que tem reunião
hoje. Se o relatório contra
Paulo Roberto for acatado,
o caso segue para o Conselho de Ética, que pode pedir a perda do mandato.
"Não achamos prova de
participação dos deputados na comercialização
das passagens por enquanto, mas atiramos em
uma coisa e acertamos em
outra", disse o corregedor,
Antônio Carlos Magalhães
Neto (DEM-BA).
Paulo Roberto não quis
se manifestar. Em sua defesa à Corregedoria, ele
atribuiu a acusação a vingança. Apesar de inúmeros congressistas serem citados no esquema de comercialização de passagens, só seis deputados foram investigados. Dois
processos estão em andamento.
(MARIA CLARA CABRAL)
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