São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009

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CÂMARA

Dois acusados na "farra aérea" são inocentados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A comissão de sindicância formada pela Corregedoria da Câmara para investigar a comercialização ilegal de bilhetes aéreos aprovou, por unanimidade, os dois relatórios que absolvem os deputados Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE) por participação no esquema conhecido como "farra das passagens".
Um dos relatórios, o de Marcelo Ortiz (PV-SP), no entanto, recomendou a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética contra Paulo Roberto por outro caso.
O deputado é suspeito de manter em seu gabinete servidores fantasmas -com salários de R$ 8.000 e R$ 3.000- e de ficar com parte de seus salários. Há acusações ainda de conivência por falsidade ideológica e movimentação suspeita de funcionários.
Os relatórios têm de ser aprovados pela Mesa da Câmara, que tem reunião hoje. Se o relatório contra Paulo Roberto for acatado, o caso segue para o Conselho de Ética, que pode pedir a perda do mandato.
"Não achamos prova de participação dos deputados na comercialização das passagens por enquanto, mas atiramos em uma coisa e acertamos em outra", disse o corregedor, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA).
Paulo Roberto não quis se manifestar. Em sua defesa à Corregedoria, ele atribuiu a acusação a vingança. Apesar de inúmeros congressistas serem citados no esquema de comercialização de passagens, só seis deputados foram investigados. Dois processos estão em andamento. (MARIA CLARA CABRAL)


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