São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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Secretária pede que Lula não descarte cadastro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A secretária Wanda Engel (Assistência Social) disse ontem, depois da reunião com o presidente, esperar que o novo governo não "jogue fora" o cadastro único de pobres que está sendo montado porque estaria comprovado, por meio do IDF (Índice de Desenvolvimento Familiar), que os dados representam as pessoas pobres "mais vulneráveis".
Hoje, 22,2 milhões de pessoas pobres -57% do total de 39 milhões- já estão cadastradas na base de dados do governo.
O cadastro não ficará pronto até o fim do ano. A expectativa é entregar a lista com cerca de 80% dos pobres cadastrados.
Frei Betto, um dos coordenadores do programa Fome Zero do PT, afirmou na semana passada que os cadastros dos programas sociais do governo "não são confiáveis" e terão de ser refeitos.

IDF
"Espero que esse esforço não seja jogado fora", disse Engel.
Segundo ela, o cálculo do IDF a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) "validou" o cadastro único porque a proporção de famílias pobres coincidiu com a proporção de famílias com IDF abaixo de 0,66.
Isso indicaria, segundo o governo, que é adequado usar o nível de renda para identificar as pessoas com menor desenvolvimento familiar.
O IDF é medido a partir de 48 indicadores, que expressam seis "dimensões" sociais: a vulnerabilidade, o acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho, disponibilidade de recursos, desenvolvimento infantil e condições habitacionais.
Entre 1992 e 2001, o IDF passou de 0,69 para 0,73.
O índice da feita a partir da PNAD maior revela maior grau de desenvolvimento.
(LEILA SUWWAN)


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