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Secretária pede
que Lula não
descarte cadastro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A secretária Wanda Engel
(Assistência Social) disse ontem, depois da reunião com o
presidente, esperar que o novo
governo não "jogue fora" o cadastro único de pobres que está
sendo montado porque estaria
comprovado, por meio do IDF
(Índice de Desenvolvimento
Familiar), que os dados representam as pessoas pobres
"mais vulneráveis".
Hoje, 22,2 milhões de pessoas
pobres -57% do total de 39
milhões- já estão cadastradas
na base de dados do governo.
O cadastro não ficará pronto
até o fim do ano. A expectativa
é entregar a lista com cerca de
80% dos pobres cadastrados.
Frei Betto, um dos coordenadores do programa Fome Zero
do PT, afirmou na semana passada que os cadastros dos programas sociais do governo "não são confiáveis" e terão de
ser refeitos.
IDF
"Espero que esse esforço não
seja jogado fora", disse Engel.
Segundo ela, o cálculo do IDF
a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) "validou" o cadastro único porque a proporção de famílias pobres coincidiu com a
proporção de famílias com IDF
abaixo de 0,66.
Isso indicaria, segundo o governo, que é adequado usar o
nível de renda para identificar
as pessoas com menor desenvolvimento familiar.
O IDF é medido a partir de 48
indicadores, que expressam
seis "dimensões" sociais: a vulnerabilidade, o acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho, disponibilidade de recursos, desenvolvimento infantil e
condições habitacionais.
Entre 1992 e 2001, o IDF passou de 0,69 para 0,73.
O índice da feita a partir da
PNAD maior revela maior grau
de desenvolvimento.
(LEILA SUWWAN)
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