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Sociólogo havia chamado chefe da Casa Civil de "safado" e "espertalhão"
Oliveira se retrata por ataque a Dirceu
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O sociólogo Francisco Oliveira
retratou-se pelas críticas que fez
ao ministro José Dirceu (Casa Civil), a quem havia chamado de
"safado" e "espertalhão" durante
seminário no dia 17 na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Dirceu, depois de receber a resposta do sociólogo a uma carta
que enviou a ele no último dia 1º,
pedindo explicações sobre as declarações, deu o caso por encerrado e desistiu de processá-lo. Cogitava cobrar indenização por danos morais e processá-lo por calúnia e difamação.
"Respondendo às questões formuladas na correspondência, reafirmo que Vossa Excelência não é
nem pode ser tido como safado
ou espertalhão e por isso não pode ser confundido com políticos
desse jaez [dessa laia]", diz Oliveira em carta enviada a Dirceu, que
também é assinada pelo advogado José Carlos Dias.
Oliveira diz que não poderia esclarecer se as expressões transcritas pelos jornais tinham sido efetivamente pronunciadas. "Recordo-me de ter dito, em resposta a
uma pergunta, que o político no
exercício do governo por vezes
deixa de manter-se no mesmo
tom de sua história política, pretende alcançar seus objetivos,
usando formas que não lhe são
próprias, mas sim de políticos safados", diz Oliveira.
"Admito que, em tal contexto,
terei dito que às vezes um líder da
importância de José Dirceu se parece com qualquer político safado
do Brasil. Na verdade, ao dizer tal
frase, sem dúvida infeliz porque
permite ilações maldosas, pretendi dizer que é preciso manter a nitidez das ações para não ser confundido", acrescenta.
Segundo o sociólogo, suas divergências circunstanciais com a
atuação política do ministro não
constituem nenhuma nódoa que
atinja o caráter de Dirceu.
No seminário, Oliveira afirmara: "A política não se resume a rapapés, salamaleques e golpes de
espertalhões que pensam que estão inventando a roda, como esse
ministro José Dirceu".
Petista histórico, Oliveira distanciou-se da cúpula do partido,
por discordar dos rumos da política econômica de Lula.
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