UOL

São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MONITORAMENTO

PF suspeita que juiz federal tenha desaparecido com documentos

Mattos teria agido antes da prisão

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal afirma ter provas fotográficas de que o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos escondeu provas documentais e um computador cerca de cinco horas antes de ser preso, no dia 7 de novembro.
Segundo relatório feito por um agente da PF, Rocha Mattos chegou por volta do meio-dia, com o seu jipe Land Rover 110 em uma casa no Pacaembu, na zona oeste de São Paulo.
Cerca de meia hora depois, segundo o relato do agente, estacionou à frente do sobrado um táxi Gol, de cor azul, e descarregou várias caixas de documentos e um computador.
O documento da PF ao qual a Folha teve acesso não menciona quem moraria no sobrado do Pacaembu, nem qual seria a suposta ligação de Rocha Mattos com o morador. Ele mostra, porém, o jipe do juiz no endereço.
Às 15h, a Polícia Federal recebeu a ordem de prisão de Rocha Mattos, que foi cumprida às 17h40. A Diretoria de Inteligência da PF já solicitou um mandado de busca no endereço em que os documentos e o computador teriam sido descarregados, mas ainda não recebeu autorização do TRF (Tribunal Regional Federal) em São Paulo.
O mesmo policial anotou a reação do agente federal Cesar Herman Rodriguez ao ver na TV, na carceragem da PF em São Paulo, o noticiário sobre as prisões feitas pela Anaconda. "Por que não prenderam o procurador? Ficaram com medo só porque era procurador?", teria dito. A PF suspeita que o subprocurador da República Antônio Augusto César, que aparece no livro-caixa da suposta quadrilha, teria recebido, no mínimo, US$ 15 mil. (MCC)


Texto Anterior: Operação Anaconda: Sentenças de juiz estavam com empresário
Próximo Texto: Outro lado: Defesa desqualifica dedução da PF e critica auto de apreensão
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.