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MONITORAMENTO
PF suspeita que juiz federal tenha desaparecido com documentos
Mattos teria agido antes da prisão
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal afirma ter
provas fotográficas de que o juiz
federal João Carlos da Rocha
Mattos escondeu provas documentais e um computador cerca
de cinco horas antes de ser preso, no dia 7 de novembro.
Segundo relatório feito por
um agente da PF, Rocha Mattos
chegou por volta do meio-dia,
com o seu jipe Land Rover 110
em uma casa no Pacaembu, na
zona oeste de São Paulo.
Cerca de meia hora depois, segundo o relato do agente, estacionou à frente do sobrado um
táxi Gol, de cor azul, e descarregou várias caixas de documentos e um computador.
O documento da PF ao qual a
Folha teve acesso não menciona
quem moraria no sobrado do
Pacaembu, nem qual seria a suposta ligação de Rocha Mattos
com o morador. Ele mostra, porém, o jipe do juiz no endereço.
Às 15h, a Polícia Federal recebeu a ordem de prisão de Rocha
Mattos, que foi cumprida às
17h40. A Diretoria de Inteligência da PF já solicitou um mandado de busca no endereço em
que os documentos e o computador teriam sido descarregados, mas ainda não recebeu autorização do TRF (Tribunal Regional Federal) em São Paulo.
O mesmo policial anotou a
reação do agente federal Cesar
Herman Rodriguez ao ver na
TV, na carceragem da PF em
São Paulo, o noticiário sobre as
prisões feitas pela Anaconda.
"Por que não prenderam o procurador? Ficaram com medo só
porque era procurador?", teria
dito. A PF suspeita que o subprocurador da República Antônio Augusto César, que aparece
no livro-caixa da suposta quadrilha, teria recebido, no mínimo, US$ 15 mil.
(MCC)
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